segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ARQUIVO DE CLEBERTON SANTOS

ARQUIVO - PRODUÇÃO LITERÁRIA
CLEBERTON SANTOS
31-08-2009

Festivais e Eventos de Poesia

Concurso de Poesia Falada de Propriá (SE) 1997, 1998, 1999, 2000.
2º Festival de Poesia Falada de Japaratuba (SE) 1998.
Concurso Penedense de Poesia Falada (AL) 1998.
Caruru dos 7 poetas (Salvador, BA) 2004.
Projeto Malungos (Salvador, BA) 2004.
Projeto Poesia na Boca da Noite (Salvador, BA) 2005.
Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro da Bahia (Salvador, BA) 2005.
Café Literário, do III Congresso de Educação de Vitória da Conquista (BA) 2005.
Caruru dos 7 Poetas (Cachoeira, BA) 2005.
Projeto Imagem do Verso (Salvador, BA) 2005.
Caruru dos 7 Poetas (Cachoeira, BA) 2006.
Café Literário, do IV Congresso de Educação de Vitória da Conquista (BA) 2006.
Projeto Papo Lírico (Jequié, BA) 2006.
Projeto Uma Prosa sobre Versos (Maracás, BA, 2008)
Projeto Literatura Comentada, Jequié, 2008.
III Feira do Livro de Sergipe (Aracaju, SE, 2008)
Projeto Travessia Poética (Feira de Santana, BA, 2008)
Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas, FLIPORTO, Pernambuco, 2008.
Conversa com o escritor, I Colóquio em Estudos Literários e Linguísticos - Imaginário, Memórias e (Re)leituras, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT), 2009.
9ª Bienal do Livro da Bahia, 2009.


Livros de Poesia

Ópera Urbana. Feira de Santana: Museu de Arte Contemporânea, 2000.
Ópera Urbana. 2ª impressão. Feira de Santana: Museu de Arte Contemporânea, 2005.
Lucidez Silenciosa. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2005.

Antologias

Analecto: antologia literária. Aracaju: Luz, 1997.
Aperitivo poético. Aracaju: Fundação Cultural Cidade de Aracaju; FUNCAJU, 2000.
Prêmio Literário TAP Redescobrindo o Brasil aos 500 anos. Rio de Janeiro: Record; TAP Air Portugal, 2000.
Antologia poética. São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba, 2002.
Antologia do 15º Concurso Nacional de Poesia “Helena Kolody”. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura: 2006.
Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade: coletânea de poesias. Brasília: Serviço Social do Comércio, 2008.
Painel Brasileiro de Novos Talentos – nº 20, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro.

Dicionários

COUTNHO, Afrânio. Enciclopédia de Literatura Brasileira. vol. II. São Paulo: Global Editora, 2001.
Dicionário de autores baianos. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Governo do Estado da Bahia, 2006.


Revistas

iararana: revista de arte, crítica e literatura. Salvador, ano IV, nº 9, agosto, 2004.
Cadernos de Educação. Feira de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, ano 4, nº 5, jul.2001/jun.2002.
LITERATURA nº 31
Revista Poesia Sempre, Nº 27, Ano 14. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007. p. 151-153, ISSN 0104-0626

Jornais

Tribuna do São Francisco (Propriá)
O Capital (Aracaju)
Tribuna Feirense, Tribuna Cultural (Feira de Santana)
A Tarde, A Tarde Cultural (Salvador)
SOPA, Poesia e Afins (Salvador)
Panorama da palavra (Rio de Janeiro)
O Boêmio (São Paulo)
INTERVALO (Rio de Janeiro)
Correio da Bahia (Salvador)
Tribuna da Bahia (Salvador)
Correio do Sul (Minas Gerais)
Poesia Viva (Rio de Janeiro: Editora UAPÊ)
Correio das Artes (Suplemento mensal do jornal A União, João Pessoa, Paraíba, 2007)

Exposições

Exposição Três Olhares Poéticos, Hall da Biblioteca Central Julieta Carteado, UEFS, 2003. Parceria com Joabson Lima e Mêncio Gonçalves.
Exposição Poética Irmã Poesia (Homenagem ao poeta Godofredo Filho), Hall da Biblioteca Central Julieta Carteado, UEFS, 2004. Parceria com Adriano Eysen.
Exposição Arte e Poesia, Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana.

Participação em outros livros

SANTOS, Cleberton. Comentarista do poeta João de Moraes Filho. In: MELO, José Inácio Vieira de (org.). Concerto lírico a quinze vozes. Salvador: Aboio Livre Edições, 2004.
REGO, Adriano Eysen. Imagens de sertão na poética de Castro Alves.2 ed. revista e ampliada. Vitória da Conquista: UESB, 2005. (Revisor de linguagem)
SANTOS, Cleberton. Breve pausa para um poema (Prefácio). In: CORREIA, Wesley Barbosa. Pausa para um beijo e outros poemas. Cruz das Almas, BA: Gráfica e Editora Nova Civilização Ltda, 2006.
SANTOS, Cleberton. Poética do gingado (Poemas). In: FERREIRA, Gabriel. Esboços – Ilustrações de textos. Feira de Santana: Edições MAC, 2006.
SANTOS, Cleberton dos. Cicatrizes poéticas. In: EYSEN, Adriano. Cicatriz do Silêncio. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2007.

Sites

http://jivmcavaleirodefogo.blogspot.com/2008/09/cleberton-santos-calada-ribeirinha.html
http://www.cronopios.com.br/site/noticias.asp?id=3084
http://www.galinhapulando.com/blog.php
http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=7390&Itemid=0
http://niltomaciel.blog.uol.com.br/arch2006-09-03_2006-09-09.html
http://www.revistapoetizando.blogspot.com/
http://www.camarabrasileira.hpg.ig.com.br/a20.htm
http://pedraretorcida.blogspot.com/
http://www.campus22.uneb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=50:03062009&catid=36:programacao&Itemid=67
http://www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=547
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2006/02/16/jorcab20060216007.html
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=97450&cat=Poesias&vinda=S
http://www.uape.com.br/poesiaviva_online/poesiaonline35.htm
http://www.bienaldolivrobahia.com.br/noticiaform.aspx?pP=125&pO=17&pM=2
http://www.panoramadapalavra.com.br/index53.html
http://www.carlosribeiroescritor.com.br/recomenda_oquenaopodeser.htm
http://www.overmundo.com.br/agenda/iii-feira-do-livro-de-sergipe
http://www.eduardo.borsato.nom.br/andre_seffrin.htm
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pquantos/nomesak.htm
http://www.jornaldepoesia.jor.br/clebertonsantos.html


Prêmios

2º Lugar no Concurso de Poesia Falada de Propriá, Sergipe, 1998.
Prêmio Literário TAP – Redescobrindo o Brasil aos 500 anos, Brasil, Portugal, 2000.
Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima, Academia Brasileira de Letras / CIEE, Rio de Janeiro, 2002.
Projeto de Arte e Cultura Banco Capital, ano IV, na categoria Literatura (poesia), Salvador, 2005.
MENÇÃO HONROSA no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody, Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, 2005.
Prêmio Waly Salomão, IV Concurso Nacional de Literatura Brasileira, Academia de Letras de Jequié, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2007.


Jurado de Concursos Literários
Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009
Projeto Arte e Cultura Banco Capital 2006

domingo, 30 de agosto de 2009

ACADEMIA DE LETRAS DE JEQUIÉ

CALÇADA RIBEIRINHA

Queria sentar nesta calçada antiga
repousar meus gritos e teoremas
jogar castanhas no buraco d’água.

Queria sentar nesta calçada antiga
sem a pressa dos vendavais urbanos
contar estrelas em esteiras amarelas.

Queria sentar nesta calçada antiga
sem a poesia que me atormenta
sentir a lua fria sobre as pernas.

Queria sentar nesta calçada antiga
e ver surgir do batente liso
a velha sombra da manhã vivida.


RIOS, Dermival (org.). O valor da razão. Jequié: Academia de Letras de Jequié, 2008. p. 143

NELSON RODRIGUES EM FEIRA DE SANTANA


ALEILTON FONSECA EM SÃO PAULO


ALEILTON FONSECA NO TEATRO


GOULART GOMES, POETA BAIANO

Confiram DEZ poemas novantigos de GOULART GOMESVejam em: http://www.goulartgomes.com: BatismoO Poeta ImaginárioInexpressoTeiasA Alma da CidadeRuas VaziasAmar SelhesaEnsaio 22GôstoMergulho --------------------------------------

GOULART GOMES: 25 ANOS DE LITERATURA! http://www.goulartgomes.com

GRUPO PÓRTICO 1995-2009 http://grupoportico.blogspot.com

2009: 10 ANOS DO POETRIX! http://www.movimentopoetrix.com

sábado, 29 de agosto de 2009

LANÇAMENTOS EM FEIRA DE SANTANA 2009

EM BREVE... LANÇAMENTO DO NOVO ROMANCE DE ALEILTON FONSECA “O PÊNDULO DE EUCLIDES” (EDITORA BERTRAND BRASIL). EM OUTUBRO...

EM BREVE... LANÇAMENTO DA AGENDA DA EDITORA ESCRITURAS... COM POEMAS DE VÁRIOS AUTORES BAIANOS... FEIRENSES... UM BOM PRESENTE! EM NOVEMBRO...

LANÇAMENTO DE ALEILTON FONSECA

EM BREVE... LANÇAMENTO DO NOVO ROMANCE DE ALEILTON FONSECA “O PÊNDULO DE EUCLIDES” (EDITORA BERTRAND BRASIL). EM OUTUBRO...

GINCAMÁTICA

O Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho, na Cidade Nova, promove um importante evento de matemática: III GINCAMÁTICA.


São atitudes como estas que realmente fazem a diferença na Educação Brasileira.

Parabéns aos professores e à comunidade escolar!

Mais informações, acesse:
http://gincamatica.blogspot.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

NOVO LIVRO DE ALEILTON FONSECA

Euclides e Canudos por Aleilton Fonseca

O baiano Aleilton Fonseca, de 50 anos, já havia transformado um grande nome das letras brasileiras em personagem de romance com "Nhô Guimarães", em 2006.

Depois de Guimarães Rosa, chegou a vez de Euclides da Cunha, homenageado com "O pêndulo de Euclides" (Bertrand Brasil) em seu centenário de morte.

Ao construir um romance em torno de um escritor e uma obra ("Os Sertões) tão monumentais, o professor de literatura na Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, e autor de mais de dez livros, sabe que corre riscos, como contou nesta entrevista ao blog. Porém, lembra que "o discurso romanesco registra certos fatos reais, mas os submete ao interesse da ficção". Aleilton estará participando nesta segunda-feira, às 19h30m, do projeto Prosa nas Livrarias na Travessa do Shopping Leblon, onde conversará com o público sobre sua obra, ao lado do professor Leopoldo M. Bernucci e da pesquisadora Nísia Trindade Lima.

Você já tem um outro romance-homenagem, “Nhô Guimarães”, inspirado em Guimarães Rosa. Fale um pouco sobre a primeira experiência e sobre a opção por esse tipo de narrativa.

Em 1979, aos 19 anos, cursando Letras na UFBA, em Salvador, conheci, li e comentei alguns contos de Guimarães Rosa e me impressionei muito com as histórias. Por ser de origem rural, eu me identificava com a linguagem, os enredos, as situações, as personagens e o imaginário presentes em suas narrativas. Mais tarde, como professor, passei a ser leitor e divulgador de sua ficção junto aos meus alunos. Como escritor, no ano 2000 tive a ideia de escrever uma história em que uma personagem sertaneja, de 80 anos, narrasse as viagens de Guimarães pelos sertões dos Gerais. Eu sabia que o escritor, nascido na pequena e encantadora cidade mineira de Cordisburgo, ainda muito jovem fora para a capital fazer seus estudos. Ao retornar ao interior, como médico, passou a se interessar pela cultura local: a linguagem, as histórias e diversos aspectos do imaginário popular sertanejo. Recolhia tudo e anotava em seus cadernos de campo. Conhecia pessoas que transformava em personagens de seus contos, como Manuelzão, por exemplo. Resolvi escrever uma ficção sobre isso. Assim surgiu o conto "Nhô Guimarães", publicado em 2001, no livro "O desterro dos mortos (Ed. Relume Dumará). Em seguida, expandi a narrativa e a transformei em romance, alargando os horizontes do discurso da narradora. O romance saiu em 2006, pela Ed. Bertrand Brasil. Nele, a narradora sertaneja fala de sua vida, de seu falecido marido, de seu filho, que se foi embora para a cidade grande. E ela fala, sobretudo, das visitas de Rosa à sua casa, quando proseava com o seu marido Manu, ouvindo, contando e inventando histórias. O romance foi adaptado como peça teatral e acaba de estrear no Teatro do Sesi Rio Vermelho, em Salvador, com direção de Edinilson Motta Pará e interpretação de Deusi Magalhães. E Guimarães Rosa fica muito bem como personagem de ficção. Foi uma experiência gratificante e, ao que parece, satisfatória. Optei por esse tipo de narrativa porque ela permite um instigante diálogo textual, em que realidade e imaginação amalgamam-se, dando origem a uma narrativa híbrida. É um desafio difícil e tentador. Como criar uma voz própria a partir de personagens e obras (“Os Sertões”, no caso de “O pêndulo de Euclides”) tão conhecidos e celebrados? Qual o caminho para escapar da mera repetição de ideias e histórias que estão no original? Neste tipo de narrativa, o risco da imitação é insidioso, como uma ameaça sempre presente. Resta ler o livro e verificar se o autor conseguiu se sair bem do desafio. O caminho para escapar da mera repetição é utilizar as referências como um ponto de partida e adensar o própria criação, dando bastante fôlego à parte ficcional. No caso de Guimarães, alguns de seus traços biográficos são diluídos e reelaborados na lógica da ficção, uma vez que ele passa a ser uma personagem construída segundo a perspectiva da narradora. Já Euclides da Cunha é uma referência constante do debate central do enredo, quando suas ideias são discutidas pelas personagens letradas e pelo narrador sertanejo. Os narradores transformam-no em personagem de ficção, revelando atos e pensamentos que não estão registrados na história oficial. Assim, a ficção assume uma função suplementar, ao criar situações que extrapolam os registros oficiais e explicitam facetas apenas presumíveis dos escritores em questão. Para escrever “O pêndulo de Euclides” você disse ter visitado alguns dos lugares pelos quais o escritor passou. Essa “pesquisa de campo” ajuda a fundamentar a obra ou corre-se o risco de tanta realidade embaçar a criatividade, o espaço reservado aos voos da imaginação? O risco existe, mas deve ser contornado. A solução é estabelecer os limites dos fatos reais e expandir os voos da imaginação. Os dados oficiais constituem marcos de verossimilhança, ajudando a fundamentar a obra. Mas não devem limitá-la, pois seu compromisso não é documental, mas estético. A partir dos dados reais, a ficção deve se desenrolar de forma autônoma, extrapolando as informações já conhecidas, de forma a instigar o leitor e desafiar as versões oficiais. Para concluir o romance "Nhô Guimarães", visitei a cidade de Cordisburgo; fui à casa de Guimarães Rosa. Para concluir "O pêndulo de Euclides", fui a Canudos e visitei detidamente o local onde se travou a guerra, hoje um Parque Estadual aberto à visitação pública. Vi e fotografei alguns lugares, vi objetos da guerra de Canudos e destaquei vários fatos da história. Mas só entraram na trama aqueles dados que convergem para a lógica do enredo, diluindo-se como parte integrante do discurso ficcional. No romance, Euclides torna-se personagem de ficção e age como tal, para além dos seus registros biográficos. Assim, o discurso romanesco registra certos fatos reais, mas os submete ao interesse da ficção, que discute, extrapola e até refuta determinados aspectos das versões oficiais. Nesse caso, a ficção está acima dos fatos. O romance se apresenta como uma nova reflexão sobre a Guerra de Canudos. Como entra a figura de Euclides nesse contexto? De fato, o romance retoma algumas questões da guerra que ainda não estão resolvidas. Tal como nas fontes oficiais, Euclides aparece inicialmente como um intelectual integrado à cultura litorânea, a favor da República e defensor da ação militar contra Canudos. Antes de ir para a região do conflito, ele escrevera dois artigos intitulados "A nossa Vendeia", nos quais deixa clara a sua posição, exaltando a marcha do Exército contra o Arraial do Belo Monte, ou Canudos, reduto dos adeptos de Antônio Conselheiro. No entanto, ao chegar ao local da guerra e presenciar os terríveis combates, nos quais as forças republicanas, treinadas e bem armadas, atacam e dizimam uma população de camponeses sertanejos, ele começa a duvidar de suas convicções, passando a ver a guerra como um crime contra um povo destemido que lutava por terra, fé e honra. O romance procura revelar ficcionalmente aquilo que é presumido mas não registrado na história, ou seja, as reflexões que levam Euclides da Cunha a reavaliar o conflito e, assim, mudar de opinião sobre a guerra. Essa mudança resulta de sua experiência e de sua compreensão profunda dos fatos. Assim, a ficção procura, à sua maneira, preencher os vazios da história, dramatizando o processo de tomada de consciência do autor, que resolve escrever o livro "Os sertões" como denúncia do crime cometido contra o povo sertanejo. Você já tem em mente algum outro romance-homenagem? Qual seria o escritor que você gostaria de transformar em livro, independentemente de datas? Tenho diversos projetos de livros, entre contos e romances, que vou desenvolvendo aos poucos. Alguns são pura ficção, outros pretendem retomar fatos reais como ambiência para enredos de ficção. Gosto desse tipo de escrita. Isso faz meu estilo. Um dos meus projetos é escrever sobre o poeta francês Charles Baudelaire, que teve uma trajetória pessoal e artística muito intensa e intrigante. A vida dele dá um romance. Enfim, na justa medida, realidade e ficção podem compor uma boa história. O mais importante é que o livro tenha qualidade como narrativa, com equilíbrio entre os dados da realidade e os aportes da imaginação. Narrar é preciso. E o leitor é o juiz.

domingo, 16 de agosto de 2009

JOAO CLEBER


Criança feita de luz e paixão
que anunciará para o mundo
a verdade sem fim do amor incondicional...


Trecho de poema inédito.

NELSON RODRIGUES NO CUCA

A Companhia teatral Girassol leva aos palcos o espetáculo“Valsa n°6” do consagrado dramaturgo Nelson Rodrigues.A montagem dirigida e adaptada por Gugu dos Anjos, traz no elenco: Edilma dos Anjos, Elaine Mattos e keu Kosta.A composição do personagem e dos elementos introduzidos em cena é resultado de inúmeras experimentações e pesquisas sobre o universo Rodriguino.O espetáculo promete surpreender o publico com a complexidade da dramaturgia rodriguiana.

Local: CUCA
Dias:4 e 5 de setembro.
Horas: 19:30
Ingresso: 6 REAIS INTEIRA/ 3 REAIS MEIA.

NOVO LIVRO DE JOAO DE MORAES FILHO

Estimados amigos e amigas,
em maio foi lançado meu segundo livro: Em nome dos raios.

Resolvi disponibilizá-lo para leitura através do blog

www.emnomedosraios.blogspot.com

Apareçam

Felicidades,
João de Moraes Filho

CLEBERTON & CLEBER


Criança feita de poesia e mistério
que cantará para o mundo
cânticos de alegria e louvação...
Trecho de poema inédito.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CLARICE LISPECTOR

AOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA! AOS LEITORES DE ONTEM, HOJE E SEMPRE!

FELICIDADE CLANDESTINA

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. e completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Pequei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardava o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PRÊMIO DE LITERATURA DA CIDADE DE SÃO PAULO

PRÊMIO DE LITERATURA DA CIDADE DE SÃO PAULO


SÃO PAULO – O escritor cearense Ronaldo Correia de Brito conquistou nanoite desta segunda-feira (03) o Prêmio São Paulo de Literatura,concedido pelo governo paulista. Ele ganhou R$ 200 mil por "Galiléia",considerado o melhor livro do ano.DivulgaçãoRonaldo Correia de BritoO prêmio de melhor autor estreante foi para o gaúcho Altair Martins,pelo livro "A Parede no Escuro". Ele também levou R$ 200 mil. Essa foia segunda edição do Prêmio São Paulo de Literatura, entregue durantecerimônia no Museu da Língua Portuguesa. No ano passado, os ganhadoresforam "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza (livro do ano) e "A Chaveda Casa", de Tatiana Salem Levy (autor estreante).Os R$ 200 mil são a maior premiação da literatura brasileira."Galiléia" e "A Parede no Escuro" foram os vencedores entre mais de200 inscritos. Entre os vinte finalistas (dez em cada categoria)estavam autores destacados, como José Saramago ("A Viagem doElefante"), Moacyr Scliar ("Manual da Paixão Solitária"), MiltonHatoum ("Órfãos do Eldorado") e João Gilberto Noll ("Acenos eAfagos")."Galiléia" é o quarto livro e primeiro romance de Correia de Brito –os três trabalhos anteriores eram volumes de contos. A obra conta ahistória de três primos que atravessam o sertão cearense para visitaro avô e voltam às origens, reencontrando os casos que assombram afamília. Já "A Parede no Escuro", de Altair Martins, acompanha osacontecimentos provocados pela morte de duas pessoas num acidente detrânsito.Leia mais sobre: Prêmio São PauloFonte:
www.ig.com.br
04/08/2009

domingo, 9 de agosto de 2009

HOMENAGEM A EURICO ALVES

O POETA FEIRENSE EURICO ALVES (1909-1974) SERÁ HOMENAGEADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, NO DIA 13 DE AGOSTO, 19:30 HS.

sábado, 8 de agosto de 2009

CURSO CASTRO ALVES

CURSO CASTRO ALVES 2009 - IV COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
Academia de Letras da Bahia/ PPGLDC-UEFS


Prezados(as) colegas e colaboradores:

Este ano, o Curso Castro Alves 2009 e o IV Colóquio de Literatura Baiana acontecem nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2009, na Academia de Letras da Bahia.
Além das mesas principais (aguardem o programa) às 17h, teremos sessões de comunicações nos dias 16, 17 e 18, das 14h30 às 16h40.
São apenas 30 vagas para comunicações sobre autores, obras, temas e questões de literatura baiana.
As inscrições para apresentação de trabalho vão até o dia 28/08, mas só enquanto houver vaga.
Para ouvintes em geral, a inscrição é grátis, até o início do curso. São apenas 120 vagas no total. As inscrições só serão aceitas enquanto houver vaga.

Para participar, por favor, solicite/preencha a ficha de inscrição e envie para o e-mail aleilton@oi.com.br .

Para apresentar trabalho, o interessado poderá efetuar o pagamento da taxa de inscrição conforme instruções que receberá anexas à carta de aceite.
Serão conferidos certificados de 12 horas aos participantes (com valor de atividade complementar para graduandos).

Pedimos, por obséquio, divulgar esta circular a alunos, colegas e outros eventuais interessados.
Atenciosamente:
Aleilton Fonseca - Coordenador

FICHA DE INSCRIÇÃOIdentificação:Nome completo: _____________________________________________________Profissão: __________________________________________________________
Instiutuição: _________________________________________________________
Endereço: Rua/Av.: ____________________________________________nº ______Complemento: ____________________ Cidade:_________________ Estado _______Cep:______________________ Tel: __________________
e-mail:_____________________Forma e taxa de Inscrição:( ) OUVINTES (Estudante, graduados, etc) - inscrição grátis
( ) Estudante/graduaçãoc/Apres. de Comunicação (IC ou pesquisa, com orientador) - valor R$ 20,00( ) Profissional/pós-graduando/outro (c/ Apres. de Comunicação) - valor R$ 50,00Titulo da Comunicação:_____________________________________________________
Resumo de 5 linhas:
Data: ___/___ /2009.
OBS: Após o envio, aguardar o e-mail de ACEITE, para consolidar a inscrição

PLÁGIO NAS UNIVERSIDADES?

Por que o plágio está assombrando as universidades brasileiras?
Incompetência?
Preguiça?
Cumplicidade?
Facilidades?
Descaso?

Plagiar ou não plagiar?

POETA EURICO ALVES BOAVENTURA

CANÇÃO PARA A MINHA REDE NO NORDESTE


Tem carícias de mulher a minha rede embalando...

Ram-rem... Devagar, canta a minha rede, neste calor de dezembro... Ram-rem...

O sol amarfanha lubricamente as estradas desertas,
debuxando arabescos de cobre e ouro nas sombras dos juazeiros.
É como exótico bailado de mulheres desnudas
a poeira que o cambaleante tropel dos cabritos arranca.

Bole um vento preguiçoso...
Na copa verde de uma fronde imóvel,
o sol bebe em austos violentos todo o silêncio do varjado.
A caatinga lânguida adormece... Rumor de mandíbulas triturando...
Enquanto lá fora a volúpia da luz entontece e amolenta,
na varanda, sinto, no calor, a lembrança dos teus braços
e queima nos meus lábios a quentura doida da tua boca ausente.

Canta a rede. Na redondeza, rola um ram-rem de armadores cansados.

No sopro que vem dos varjados em torpor,
chegam-me afagos dos teus cabelos nesta volúpia morna,
sinto o calor adolescente do teu corpo sumarento,
do teu corpo que tem o travor de um fruto verde no verão.

Embalança a rede devagar... Ram-rem... Devagar...

Tem carícias de mulher a minha rede embalando...

1933

BOAVENTURA, Eurico Alves. Poesias. Salvador: Fundação das Artes, EGBA, 1990. p. 133

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VIVA A TRIBUNA CULTURAL!

Boa notícia: o caderno TRIBUNA CULTURAL, do jornal TRIBUNA FEIRENSE está de volta. Circulando agora na última quinta do mês. Procurem em todas as bancas da cidade, nas bibliotecas e na casa do vizinho. Não deixem de ler! É nossa ARTE, é nossa VIDA!

RETORNO

Fiquei alguns meses sem atualizar meu blog. A vida tem suas múltiplas urgências. Mas estou de volta. Alguns perguntavam, outros reclamavam minha ausência. Estou aqui. Continuarei levando informações, notícias e textos que interessam todos os seres pensantes. Até mais e obrigado pela leitura.

Aquele fraternal abraço a todos e todas,

CURRICULUM LATTES DO PROF. CLEBERTON DOS SANTOS

terça-feira, 4 de agosto de 2009

CLEBERTON & CLEBER

Pai e filho no aniversário de 1 mês. 09-07-2009

LIVRO DA PROF. DR. DENISE DIAS

CONVITE



A Prof. Dr. Denise Dias, do Departamento de Letras e Artes da UEFS, fará o lançamento do seu livro Os Segredos da Arte: Um olhar etnolinguístico sobre os carpinteiros navais do Baixo Sul da Bahia dentro da programação da II Feira do Livro de Feira de Santana, na Praça da Matriz, sábado (08/08/2009) às 17:00 horas.