Uma mirada sobre o Caruru dos 7 Poetas
Era o ano da poesia de 2004, na
Ladeira da Misericórdia da cidade de Salvador, no Zanzibar cheio de almas que
buscavam se alimentar da palavra poética e corpos atraídos pelas delícias do
caruru! Assim começava a história do Caruru
dos 7 Poetas! Um evento literário, um recital de sete poetas irmanados pela
força e magia da poesia em voz alta! Inspirado nos ritos de Cosme e Damião, o Caruru dos 7 Poetas cresceu
incorporando outras linguagens artísticas: música, teatro, dança, circo e
várias performances culturais! A cada
ano, mais poetas convidados, novos diálogos estabelecidos entre as diversas
gerações literárias da Bahia, do Brasil e do Exterior!
Agora são 10 anos deste rico e
belo evento literário-cultural que fincou sua marca na história da cultura
brasileira por sua importância na divulgação de mais de 70 poetas, consagrados
e estreantes, nacionais e estrangeiros, e no incentivo e formação de novos e
velhos leitores.
É, sem dúvida, um evento
fortemente marcado pela pluralidade estética, com suas múltiplas linguagens e
línguas de cantos e cantares que seduzem o povo ao encontro da palavra viva, da
palavra imagem, da palavra comida, da palavra sentido que se faz e refaz pela
via da palavra poética!
Comemoramos estes 10 anos de
muita vibração cultural, de muitos encontros de poetas e leitores, de muitas
partilhas e intercâmbios entre povos e culturas! Comemoramos o fortalecimento
da diversidade de vozes que cantam músicas tão belas, recitam palavras
ancestrais, escrevem poemas nas paredes do tempo, gravam versos na memória do
povo, fazem da poesia um banquete de caruru que alimenta as múltiplas fomes do
homem!
Salve o Caruru dos 7 Poetas!
Cleberton Santos
Feira de Santana, 17 de setembro
de 2014.
Publicado na antologia poética “Todas
as mãos” do Caruru dos 7 Poetas, organizada por João Vanderlei de Moraes Filho,
publicada pela Portuário Ateliê Editorial, Cachoeira, Bahia, 2014
Disponível no site da Casa de
Barro: http://www.casadebarro.org/
Um comentário:
E vida longa ao Caruru, aos Sete, aos Setenta, a esta fome de poesia que alimenta a todos nós.
Valeu, Cleberton pelo artigo.
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