QUEM AMA INVENTA
Quem ama inventa as coisas
a que ama...
Talvez chegaste quando eu
te sonhava.
Então de súbito acendeu-se
a chama!
Era a brasa dormida que
acordava...
E era um revôo sobre a
ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam
sinos,
Tangidos por uns anjos
peregrinos
Cujo dom é fazer
ressurreições...
Um ritmo divino? Oh!
Simplesmente
O palpitar de nossos
corações
Batendo juntos e
festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo
tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande
amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz
à gente
Haver sonhado... e ter
vivido o sonho!
MARIO QUINTANA
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