O poeta português Luís de Camões. |
metaplágio para todos Camões
quando penso em teu corpo
pesa-me uma nuvem no peito
és tão miragem nessa viagem
que embaraço-me nos passos
pesa-me uma nuvem no peito
és tão miragem nessa viagem
que embaraço-me nos passos
miro um espelho de jorro fácil
desconcerto-me de tanto laço
desencontro-me de contente
ando elétrico entre as gentes
quando penso em teu corpo
habita-me a fortuna secreta
a graça suave do encantamento
o desassossego do pensamento
habita-me a fortuna secreta
a graça suave do encantamento
o desassossego do pensamento
Ária
de providência para sopro de comunhão
Eu
não sei como nascem os anjos
Mas
acredito em epifanias
Na
raiz de quimeras, alvoradas
Na
saliência do silêncio
No
movediço das palavras
Eu
não sei como nascem os anjos
Nem
mesmo sei destes espinhos
Das
lâminas afiadas em um corpo
Só
sei do rasgo, do soluço, do grito
Do
verbo que não nomeia, mas urge
Assis
Freitas é poeta, escritor, sociólogo e mestre em Letras
(UFBA). Nasceu e mora na cidade de Feira de Santana - Bahia. Publicou os livros de contos O Mapa da Cidade (1998) e O Ulisses no
supermercado (2009). Como poeta,
participou de diversos números da Revista Hera
(1972-2005). Publica em dois blogs de poesia: o Mil e um poemas e o Árvore da Poesia.
O poeta feirense Assis Freitas. |
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