Recebi ontem, com alegria, a notícia de que o Antônio Torres vai se candidatar à vaga aberta com a morte de Zélia Gattai na Academia Brasileira de Letras. Autor de uma extensa obra - composta por 15 livros, entre romances, seletas de contos, de crônicas, e incursões pela ficção infanto-juvenil -, Torres legou à nossa literatura preciosidades como Essa terra, Um cão uivando para a lua, Um táxi para Viena D’Áustria, O cachorro e o lobo e Balada da infância perdida. Em resumo: trata-se, de fato, de um escritor - coisa cada vez mais rara na ABL.
Vale dizer que, apesar da merecida notoriedade, ele sempre demonstrou generosidade com aqueles que se iniciam na lide literária, fazendo questão de manter um diálogo franco, aberto e horizontal com os jovens autores. Sou uma prova disso: quando lancei meu Memória dos barcos, foi Torres quem assinou a orelha do livro, recomendando a leitura e subscrevendo a 'qualidade' dos contos.
Por tudo isso (e muito mais), registro desde já meu apoio à sua candidatura.
MARCELO MOUTINHO
http://www.marcelomoutinho.com.br/blog/2008/06/torres_na_abl.php