sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Elizeu Moreira Paranaguá

Poema para guardar as coisas

Guarda as coisas
que são tuas
para que ninguém
possa roubá-las;
guarda-as
debaixo da Pedra,
para que o Tempo
não as destrua;
guarda,
mas não as esconda;
necessariamente
guarda as coisas
no teu coração.

GIRASOLES

Doze girassóis numa jarra de Vincent van Gogh.

Girasoles

para Lílian Almeida

En las formas de tu cuerpo
recorro verbos infinitos
de angustia y placer
de soledad y demencia
de deleite y tortura.

Mientras inauguro cada mañana
formas lúcidas de amar girasoles.

Traducido por John Galán Casanova*

*Bogotá, Colombia, 1970. Poeta y ensayista. Su primer libro, ALMAC N AC STA, obtuvo el Premio Nacional de Poesía Joven de Colcultura en 1993. Egresado de la carrera de literatura en la Universidad Nacional con un primer acercamiento a la obra de Luis Tejada Cano (“Luis Tejada: Crítica crónica”, Boletín Cultural y Bibliográfico, Banco de la República, Nº 33, 1993). Siguiendo los pasos del gran cronista antioqueño, entre julio del 94 y noviembre de 1995 sostuvo la columna de opinión “En el camino” para el periódico El Espectador. Por esos tiempos se le vio implicado en la creación del grupo de poesía, danza, música, fotografía y video Poesía ácida. Su segundo libro de poemas, El coraz´n portátil, se publicó en 1999. El tercero, AY-YA (1997), apareció en el 2001. Algunos de sus ensayos y artículos han sido publicados por revistas como el Magazín Dominical de El Espectador, Número, El Malpensante, Gaceta de Colcultura y La Hoja de Medellín. Entre 1998 y 2002, John Galán se desempeñó como coordinador y editor de la Red de Talleres literarios Raíz de cinco para las bibliotecas de Comfenalco en Medellín. En 2005 Panamericana Editorial publicó su biografía Luis Tejada. Vida breve, crítica crónica, en su colección Cien personajes – Cien autores. Ha publicado conferencias, entrevistas y traducciones al español de los poetas brasileños Ferreira Gullar y Affonso Romano de Sant’Anna. Así mismo, ha traducido a varios de los poetas brasileños asistentes al Festival Internacional de Poesía de Cartagena, como Damário da Cruz y João de Moraes Filho.


REVISTA VERBO21

Visitem! Leiam! Comentem!
Revista Verbo21 - Cultura & Literatura

http://www.verbo21.com.br/

Editor e Escritor Lima Trindade

CALANGOS


BESTIÁRIO INÚTIL

Primeira paisagem

Um calango espreita a vida
no mormaço de uma tarde estreita.

Sol a castigar o dorso de uma catenga
viúva silenciosa de outro calango morto.

Esticado em terra seca e astrosa
poeta repousa ossos e remorsos.

Segunda paisagem

De cima de um muro
um calango vigia o mundo.

Imperioso e astuto e lépido
contempla a paisagem (surda)
ausculta os pensamentos de um cético.

De cima de um muro
um calango vigia o cego.

Viril e verossímil e audaz
afronta a morte que ronda
seu dorso listrado de couro tenaz.

Concerto para ninar calangos

Silêncio tecido de dor e violinos
crava em meu peito
concerto estapafúrdio
para ninar calangos opalinos.

In: Lucidez Silenciosa (Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2005).

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

FULANA OPERETA

Fulana Opereta é o nome do recital da poeta Fabrícia Miranda que acontecerá na próxima semana, quinta-feira, dentro de um projeto literário recém promovido pela Escola de Belas Artes da UFBA, "SOPALAVRA".

Não percam! Visitem: http://www.fulanaopereta.blogspot.com/

COMENTÁRIOS!

Caros leitores e leitoras,

Agora todo mundo pode fazer seus comentários neste blog. Era um defeito de programação. Já resolvi! Aguardo os comentários. Um fraternal abraço, paz e saúde para todos.

Editora UAPE

Novo lançamento!

Poesia Viva em Revista nº 3

Retrata o momento contemporâneo de nossa realidade poética. Neste número, entrevista com o poeta Paulo Henrique Britto e diversos poetas contemporâneos.

Lançamento: Quinta-feira, 29 de novembro19h, na Primavera dos Livros Museu da República, Rio de Janeiro, Brasil.

Vamos lá!

www.uape.com.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

ANDRÉ SEFFRIN

ALGUMA POESIA BRASILEIRA HOJE

André Seffrin
Rio de Janeiro

Grande parte dos nossos poetas mais importantes não publica por editoras conhecidas e costuma passar ao largo dos benefícios (?!) da mídia e do meio acadêmico (este, sempre preso a ícones famosos e irremovíveis). Para a mídia, a imagem evanescente dos fantasmas (a exemplo do volátil JT Leroy) conta no cenário bem mais que um importante poeta de província, desses que não aparecem na televisão nem escrevem sobre os temas da moda. Esta mentalidade anêmica é hoje em parte debelada por alguns sítios (internet) tais como as revistas Cronópios e A máquina do mundo, e o Jornal de Poesia. Ou em livros, como nos dois alentados volumes, com cerca de mil páginas, Dimensões temporais na poesia & outros ensaios (Imago), nos quais César Leal reuniu diversos textos que escreveu sobre poesia brasileira e estrangeira, contemplando igualmente outros ramos do conhecimento (artes plásticas, crítica literária etc.). Em suas interpretações da poesia brasileira, ao longo dos anos ele contribuiu enormemente para a divulgação da obra de poetas ainda pouco estudados como Foed Castro Chamma, Soares Feitosa e Montez Magno. Seu livro é, nesse sentido, um verdadeiro oásis no deserto das relações entre poetas e público.
Na “quarta parte” do segundo volume, César Leal realiza pequena antologia de seus próprios poemas, recentes e antigos. Neles, como nos seus títulos conhecidos (Constelações, Tambor cósmico, Tempo e vida na terra etc.), ele ultrapassa os horizontes terrestres em metafísica que funde mitologia e ciência, figuras arquetípicas e metáforas luminosas, vasto universo feito de “Letras. Formas. Números! / Sol. Pássaros! Rosas! / Arcos, flechas, naves, / Vento, línguas, rodas!” Para além do notável teórico do fenômeno poético e ensaísta dos mais íntegros do nosso pensamento crítico, revela-se poeta protéico de assuntos inexplorados e anticonvencionais. O que se espera de todo grande poeta.
Jorge Tufic é outro exemplo de poeta que nunca usufruiu das benesses da mídia. Em entrevista ao escritor Nilto Maciel (revista Literatura, n. 29, maio/ago. 2005), ele afirmou que a “vocação literária sobrepõe-se ao fascínio da glória, seja ela fácil, por meios duvidosos, seja pela dificuldade em vencer as barreiras da incultura, livresca ou virtual. No meu caso particular, ainda não pude concluir nada acerca de minha persistência em vestir de livro os meus pobres escritos, cujo sucesso fica por conta dos amigos que tenho em Manaus, Fortaleza, e no Acre, sem mencionar as dezenas de pessoas a quem remeto os volumes que assino. O ato de escrever, e de editar, já nos serve de estímulo e consolo.” Suas publicações ficam restritas à província, geralmente em plaquetes que faz circular entre amigos: O sétimo dia (Edições Livro Técnico). Mas são cinqüenta anos de literatura e 43 livros publicados, entre poesia, ficção, ensaio e memórias, obra importantíssima que não devemos perder de vista.
A primeira seção de O sétimo dia reúne sonetos de alta musicalidade numa viagem interior de índole camoniana. “Soneto para Izabel” e “Périplo” estão na clave do que ele mesmo define como fusão do “mármore com a brisa”, como no “Soneto para José Chagas”, no qual flui lirismo de primeira água. Claro, nenhuma conotação parnasiana nesse “mármore”, uma vez que se trata de um pós-simbolista que assimilou muito bem as conquistas do Modernismo. Sua poesia nasce em anotações aparentemente aleatórias, sempre no sentido de fixar, entre sons e cores, imagens novas na velha paisagem do mundo. Assim: “Não sei dizer passarinho / sem dizer passarinhos, / tal como ensinava / a senhora de meus dias. / Ela dizia de um modo / que se via e se ouvia / o ser e o canto / a pluma e o vento; / e, por detrás de tudo, / o canto do encanto / tanto do pássaro / como dos passarinhos. / A´sso-fir, em árabe / são pássaros de pássaro / e pássaro de pássaros.” (“O nome dos sons”)
A rosa anfractuosa (Thesaurus), livro de Fernando Mendes Vianna acintosamente ignorado por quase todos os suplementos literários do país, é o retorno de um grande poeta depois de longa hibernação. Sua poesia metafísica e filosófica exige leitor preparado à sombra da estante, pois seus irmãos atendem pelo nome de Camões e de Pessoa (em especial Álvaro de Campos, pedra de toque), de Cruz e Sousa e de Jorge de Lima. Ora, é sabido que quase todos os poetas da geração de 1950 (Foed Castro Chamma, Hilda Hilst, Walmir Ayala, Mário Faustino, entre outros), criaram magnetizados pela cosmogonia de Invenção de Orfeu e, em determinados momentos, pela concretude verbal pós-simbolista de Cecília Meireles. Foi assim também com Fernando Mendes Vianna. No soneto, ele configura o que antigamente era comum chamar-se de a sua “mundividência”: “Na escuridão claríssima / sou um boi sob o plenilúnio. / A lua anterior era um alfanje / ou a metade de uma guitarra // ceifada no jardim da solidão. / Agora a lua é um mugido / igual a mim, igual à minha / claridade, agonia calma. // Mujo. Sou um boi e mujo / o anúncio de repartir / em viagem sem rumo, viajar // na alma, sem mapa e sem mar. / Boi tornado súbito navio, / e baba vira espuma. E tudo muda.” (“Plenilúnio”)
Poeta bem menos cerebral e filosófico que Fernando Mendes Vianna, mas não menos intenso e habilidoso, Carlos Newton Júnior, em Poeta em Londres (Bagaço), mantém suas linhas de força próximas (apesar do lirismo algo bandeiriano) da dicção de João Cabral de Melo Neto e do cordel nordestino (as heranças ibéricas). Poeta de qualidades incomuns, também ficcionista e ensaísta, ele se inscreve na tradição com a simplicidade e a clareza de um clássico. Ritmicamente complexa, sua poesia ainda é marcada por um contraponto entre o popular e o erudito. Assim, no mesmo passo que explora a “estrofe sonora dos repentes”, realiza poemas em homenagem a Rimbaud (“a vida é breve, breve é o poema / e todo o seu mistério, breve ainda / o som que se articula junto às rimas / e o valor ilusório dessas gemas // em que puseste as mãos de ser maldito”) e a Eliot (“Na esquina dos poetas”, que sem favor algum está entre os mais belos poemas brasileiros do nosso tempo), à pintura de Canalleto e a uma alegoria de Bronzino, imagem que o remete a outras imagens, azul que o remete a outros azuis, ou seja, ao soneto famoso de Carlos Pena Filho.
Ao contrário, a característica primordial da poesia de Mariana Ianelli é o lirismo diáfano – Fazer silêncio (Iluminuras). Em sua poesia predominam atmosferas enevoadas, imagens delicadas e fugazes e um ânimo de celebração (“Ser selvagem”). É poeta intimamente ligada aos temas religiosos e aos climas sonambúlicos da natureza humana. “Sétimo dia”, “Sophia”, “Fazer silêncio”, “Fênix” e “O outro lado” são poemas definidores de sua personalidade poética e estão entre os melhores do livro. Em momentos menos felizes, sua matéria se esgarça ao ponto de tocar o prosaico (ver o poema quase narrativo “Os desaparecidos”). No conjunto, é uma legítima herdeira do simbolismo pré e pós-modernista – no sentido de que poderia ter sido revelada, sem causar espanto, ao lado dos muitos poetas compendiados por Andrade Muricy no segundo volume de Panorama do movimento simbolista brasileiro. Sua família espiritual, portanto, é a dos integrantes do grupo da revista Festa, ao qual pertenceu Tasso da Silveira, cantor dos instantes fluidos e das vagas sombras fugidias.
Márcio Catunda, em Sintaxe do tempo (Imprece), fala outra língua e habita outro universo. Pode e deve ser lido na vertente política de Moacyr Félix e José Alcides Pinto que, não por acaso, assina o texto de apresentação. Alcides Pinto o irmana a Lorca e César Vallejo, entre outros “defensores dos espoliados e excluídos”. Seu ânimo político é catalisado pela densidade lírica, e em “Pragmatismo e tânatos” configura-se a sua arte poética: para Márcio Catunda, ao fim de tudo cada poeta terá “apenas o que deixou por escrito”. Assim como Luís Pimentel, que em O calcanhar da memória (Bertrand Brasil) igualmente configura sua arte poética em poemas como “Traçado” e “À toa”, ao sentir que poesia é “mão de obra, / um fazer e refazer-se / eternamente”, e ao encarar essa lida num paralelo com a da aranha que “vai vivendo do que tece”. Desse ângulo, Catunda e Pimentel escrevem poesia comprometida com o seu tempo e acessível ao leitor comum.
Entre tantos nomes e tendências importantes, devemos ainda registrar três estréias. Henrique Marques Samyn com Poemário do desterro (Fábrica de Livros) circula em amoroso convívio por ruas, seres e carnavais do Rio de Janeiro. É um poeta da cidade do Rio, como o foi outrora Mário Pederneiras. E não à toa encontra em João do Rio o motivo para um de seus melhores poemas, “Dentro da noite”. Às vezes lhe falta espontaneidade (talvez caminhe demasiadamente preso à métrica e à tradição), no entanto não anda distante do frêmito da vida. Em Elisa Andrade Buzzo, Se lá no sol (7Letras), o eu lírico se mostra limpo de adereços, num auto-policiamento às vezes excessivo e em jogos verbais um tanto insólitos, como no poema que dá título à coletânea. Vale destacar a homenagem a Chaplin, com seus ecos drummondianos. Já Cleberton Santos, em Lucidez silenciosa (EPP Publicações e Publicidade), valoriza palavras raras, sonoras e requintadas, mais no sentido do adorno que da estrutura. “Composição para flauta” dá a medida de seu potencial lírico: “Faço versos com retalhos de vida / fios de cabelos que apascento nos dedos”.


(Jornal Gazeta Mercantil, caderno Fim de Semana, 4 e 5 de março 2006)

ROGÉRIO SALGADO

Lucidez Silenciosa: a poesia sem academismo ou vanguardismo de Cleberton Santos.

Por Rogério Salgado (Poeta e Jornalista)

Vencedor do Projeto de Arte e Cultura do Banco Capital ano IV, Lucidez Silenciosa (EPP Publicações e Publicidade) é um livro, antes de tudo, visceral, desses arrancados do âmago do autor, composto de poemas polidos em sua técnica, sem deixar de emanar emoções no leitor mais desavisado. São 40 poemas que levam à reflexão por não serem escritos ao acaso. Cada palavra, cada linha estampada no branco do papel nota-se que foi muito bem pensado. Cleberton Santos, seu autor, não está preocupado em seguir vertentes literárias e nem com o academismo ou vanguardismo que rola por aí, sua poesia está comprometida somente com a função meramente correta de poetar e dizer ao mundo que o rodeia, aquilo que rola na sua cabeça de poeta. Feito de uma poesia simples, seus poemas contem, antes de tudo, a beleza que todo bom poema que se preze precisa ter. A poesia de Lucidez Silenciosa vem impregnada de lirismo, não aquele lirismo “lugar comum” que se observa nos poetas de baixa qualidade literária, mas um lirismo natural, dos grandes poetas. Nota-se em seu conteúdo que o autor não é nenhum “poetégo”, desses que se preocupam somente com seu próprio umbigo, mas sim com quem por acaso, venha a abrir a primeira página e viajar nas suas entrelinhas. Vejamos: “Meus olhos ardem na tarde do cais. / Posto que teu corpo / já não existisse, / meus olhos não arderiam mais. / Meus olhos ardem na ca(l)ma da tarde. / E sob teu corpo / lírios arfam teus seios. / Na tarde tarde meus olhos ainda ardem.
Cleberton Santos é poeta, crítico literário e professor de literatura. Natural de Propriá, reside atualmente em Feira de Santana/BA. Publicou em 2000 Ópera Urbana (Poesia), pelo Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Foi vencedor do Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima, da Academia Brasileira de Letras, em 2002. Publicou na revista iararana 9. Participou dos projetos Malungos, Poesia na Boca da Noite, Caruru dos 7 Poetas, VII Bienal do Livro da Bahia 2005. Atualmente realiza mestrado em Literatura e Diversidade Cultural na Universidade Estadual de Feira de Santana.
Lucidez Silenciosa é um desses raros livros de poesia que se pede para reler imediatamente. Contatos com o autor através de correspondência: Rua Araguacema, 94. Feira de Santana/BA. Cep 44021-000. Ou pelo e-mail clebertonpoeta@bol.com.br

(Rogério Salgado, Jornal Correio do Sul, Minas Gerais, 07/04/2006)

Jornal Poesia Viva 35


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ÓPERA URBANA


Capa do meu primeiro livro de poemas ÓPERA URBANA, com apresentação de Rinalda Lima (poeta sergipana), ilustração de Gabriel Ferreira (artista plástico baiano), publicado pelo Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana, Bahia, em 2000. Com uma segunda impressão em 2005.

CICATRIZES POÉTICAS

O poeta Adriano Eysen retorna à tribuna literária para declamar os novos poemas de Cicatriz do silêncio. Demonstrando notável amadurecimento no domínio da linguagem poética, através de imagens que açoitam as fraquezas dos homens e despertam o prazer lúdico da leitura, este poeta transforma sua palavra encantatória num porto da liberdade de onde partem seus desejos e fantasias amorosas juntamente com suas aspirações humanísticas.
Uma linguagem poética sempre rasurada pela carnalidade da paixão e transfigurada em arte pelo laborioso trabalho estilístico da língua em seu curso de sempre renovadas águas.
Ora um poeta cheio de cicatrizes amorosas, ora um anjo cheio de quimeras, ora um inquilino das saudades que resgata em formas e ritmos variados vivências do menino que sempre habita no homem construtor de belíssimas fábulas poéticas.
Os versos de Adriano Eysen acendem um fósforo dentro da noite para clarear o obscurecido espírito humano e reacender nos candeeiros da memória antigos símbolos e valores que transcendem a pequenez do mundo covarde que habitamos.
Convertendo seus desejos e sua sensibilidade estética em vãs aventuras líricas, o poeta segue sempre galopando nesta brava e singela tarefa de criar mundos expressivos através de seus sonetos, sextilhas, tercetos, elegias e odes que buscam, em última instância, comungar com os leitores a beleza da linguagem em suas múltiplas faces desconhecidas.
Em cada poema vai compondo uma estranha valsa que avança num movimento dialético de interiorização e exteriorização do olhar lírico que ilumina, a um só tempo, as memórias e os sonhos do poeta e a percepção crítica sobre o mundo presente que o rodeia com seus tormentos e decepções sociais.
Eis, aqui, amigo leitor, um poeta que sabe domar o galope da ventania lírica.


* Texto de Cleberton Santos publicado na orelha do livro Cicatriz do silêncio (2007), do poeta baiano Adriano Eysen. Livro lançado através do Projeto de Arte e Cultura do Banco Capital.

domingo, 28 de outubro de 2007

PRÊMIO PARA GABRIEL FERREIRA

O artista plástico Gabriel Ferreira recebeu R$ 5.000,00 (cinco mil reais) pelo Prêmio Juarez Paraíso durante o Salão Regional de Artes Visuais da Bahia.

Parabéns!

E viva o diálogo entre as artes!

Gabriel Ferreira
IMAQ Artes Plásticas (75) 9191-9772
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breve no ar http://novagaleria.blogspot.com para você adquirir sua tela!!!

CORREIO DAS ARTES 44

André Ricardo Aguiar no mundo da imaginação.
Com dois livros infantis lançados simultaneamente por duas grandes editoras nacionais – Rocco e Planeta – o paraibano André Ricardo Aguiar coloca de vez seu nome entre os grandes autores de literatura infanto-juvenil contemporâneos.

André Ricardo Aguiar e a literatura infanto-juvenil é destaque desta semana do Correio das Artes, que traz, ainda, matéria de Rodrigo de Souza Leão sobre novo livro de Flávia Savary.

Confira a matéria na íntegra no Blog do Correio das Artes A matéria sobre o retorno de Velta e as outras anunciadas neste Boletim podem ser acessadas, a partir de segunda-feira, no Blog do Correio das Artes. O endereço: http://cd-artes.blog.uol.com.br O site Cronópios também republica algumas matérias divulgadas neste boletim.

O endereço: http://www.cronopios.com.br/site/default.asp Confira também, na Internet, a comunidade do Correio das Artes no Orkut: O endereço: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4683374

Leia também na edição 44 da revista do Correio das Artes: • Ronaldo Costa Fernandes diz a Linaldo Guedes que não há nada mais virtual que a literatura; • João Batista fala sobre filmes que mudam de títulos em países da mesma língua; • Rodrigo Capella conta detalhes do novo filme de Ricardo Zimmer; • Hildeberto Barbosa Filho, Ronaldo Cunha Lima e Cláudio Murilo Leal escrevem sobre obra de Elizabeth Marinheiro; • Linaldo Guedes diz que Sérgio de Castro Pinto é cristal entre os poetas; • Rinah Souto e a obra de Padre Antônio Vieira; • Paulo Tarso Cabral de Medeiros fala dos haicais de Wandi Doratiotto; • Astier Basílio comenta peça sobre Renato Russo; • Um conto de Cristhiano Aguiar; • Poemas de Sérgio de Castro Pinto e Luiz Estrela Matos; • Na seção Rodapé, Rinaldo de Fernandes fala das coisas de Chico Buarque; E mais: • Na seção Estou Lendo, as sugestões de Petra Ramalho e Eliane Cristina; • Em Lançamentos, “O cristal dos verões”, de Sérgio de Castro pinto (Escrituras), “Os saltimbancos”, de Chico Buarque (José Olympio) e “Fidelidade obrigatória e outras deslealdades”, de Regina Navarro Lins e Flávio Braga, 2007; • E-mails e cartas dos leitores. O Correio das Artes é o suplemento literário mais antigo em circulação no Brasil. Circula encartado, mensalmente, aos finais de semana no Jornal A União, em João Pessoa, Paraíba, em formato revista. Fundado por Édson Régis em 27 de março de 1949, é editado por Linaldo Guedes, reportagens de Calina Bispo e Patrícia Braz, tem como colunistas João Batista de Brito, Amador Ribeiro Neto, Hildeberto Barbosa Filho, Astier Basílio e Rinaldo de Fernandes, editoria de Artes de Cícero Félix, diagramação de Roberto Amorim e está aberto a colaborações de qualquer parte do país. Correspondências e contatos com a editoria do suplemento: Joaquim Nonato de Aquino, 212, Jardim Planalto, João Pessoa/PB, CEP 58088-095 ou pelos e-mails: linaldoguedes@uol.com.br e linaldoaquino@ig.com.br

Blog do Correio das Artes na Internet: http://cd-artes.blog.uol.com.br

Blog do editor do suplemento: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

CICATRIZ DO SILÊNCIO


O poeta Adriano Eysen e o Banco Capital convidam a todos para o lançamento do novo livro de poemas CICATRIZ DO SILÊNCIO (Prêmio de Arte e Cultura Banco Capital 2007).
Data: 10/10/2007 (quarta-feira)
Horário: 19h30minLocal:
Solar Cunha Guedes (Corredor da Vitória), Salvador, Bahia.

domingo, 23 de setembro de 2007

PRÊMIO BANCO CAPITAL 2007

CONVITE

O poeta Adriano Eysen e o Banco Capital convidam a todos para o lançamento do novo livro de poemas CICATRIZ DO SILÊNCIO (Prêmio de Arte e Cultura Banco Capital 2007).

Data: 10/10/2007 (quarta-feira)

Horário: 19h30min

Local: Solar Cunha Guedes (Corredor da Vitória), Salvador, Bahia.

sábado, 22 de setembro de 2007

Prêmio Waly Salomão - ALJ

RESULTADO DO 4º CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL DA ALJ
Prêmio Waly Salomão
Homenagem ao saudoso poeta jequieense.
Realização: Academia de Letras de Jequié, Diretoria de Cultura da Prefeitura Municipal de Jequié e Universidade do Sudoeste da Bahia, com apoio do Hospital de Olhos Calheira e da Prontolab.

Poesia:

1º lugar: Calçada Ribeirinha, de Cleberton Santos (Feira de Santana, BA)
2º Lugar: Holofote, de Edmar Vieira (Maracás, BA)
3º Lugar: Visão, de Mayrant Gallo (Salvador, BA)

Poesia - Menções Honrosas:

Como o salto antes da queda, de Márcia Maia (Recife, PE)
Sobre Pães de Mel, de Flávio Machado (Rio de Janeiro, RJ)
Outros Mares, de Tatiana Caldas (Rio de Janeiro, RJ)
Salomão e Eu, de Neuaci Paiva (Dianópolis, TO)
Manual de Redação Técnica, de Vênus Couy (Belo Horizonte, MG)
Canto, de Cleberton Santos (Feira de Santana, BA)
Diário do Narciso Moderno, de Marcos Alqueire (Joinville, SC)
Subjetivo, de Edson Almeida (Anchieta, SC)
Libélula, de Lari Franceschetto (Veranópolis, RS)
Mulher, de Regina Pimentel (São Paulo, SP)

Prosa:

1º Lugar: O Valor da Razão, de Carlos Alberto Pessoa Rosa (Atibaia, SP)
2º Lugar: Perfeição, de Elder Ferreira Lima (Mataguaçu, MS)
3º Lugar: Covardia, de Edson Rangel de Almeida (Anchieta, SC)

Prosa - Menções Honrosas:

Os fantásticos efúgios da leporídea n. 40, de Andréia Moroni (Barcelona, Espanha)
Honra ao mérito, de Celso Antônio Silva (São Paulo, SP)
Gol de dedão, de Diogo Costa (Salvador, BA)
Do outro lado do sol, de Fernanda Cupolillo Miana de Faria (Niterói, RJ)
Château D`Orly, de João Paulo Vaz (Rio de Janeiro, RJ)
Concerto para bebum, de José Flávio de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)
A demora de cada um de nós, de Márcia Bechara (São Paulo, SP)
Como um Goya, de Márcio Maia (Recife, PE)
Marcone Barros (Araguaina, TO)
O silêncio do observador de gaivotas, de Walter Santos (Vitóriade Santo Antão, PE)

Comissão Avaliadora - Poesia:

Ruy Espinheira Filho
José Inácio Vieira de Melo
Valéria Mota

Comissão Avaliadora - Prosa:

Kátia Borges
Carlos Barbosa
Dermival Rios

A entrega do Prêmio acontecerá no dia 11 de outubro de 2007, em Jequié.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

SANDRO ORNELLAS

TRABALHOS DO CORPO (Rio de Janeiro: Letra Capital, 2007) é o novo livro de poemas de Sandro Ornellas que será lançado no dia 18 de agosto de 2007, na livraria LDM, na Praça da Piedade - Salvador - Bahia, das 10:00 as 14:00.

Sobre o autor: Nasci em Brasília-DF, 07 de dezembro de 1971, e moro em Salvador-BA. Publiquei SIMULAÇÕES (Salvador, Fundação Casa de Jorge Amado, 1998) e TRABALHOS DO CORPO (Rio de Janeiro, Letra Capital, 2007).
Confira mais em: http://simuladordevoo.blogspot.com/

quinta-feira, 19 de julho de 2007

ANIVERSÁRIO DO MAC

CONVITE

Convidamos para a celebração dos 11 ANOS DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE FEIRA DE SANTANA no dia 25 de julho, às 20:00 horas, com vernissagem da exposição de Maristela Ribeiro (pintura); Davi Bernardo (desenho), José Arcanjo (instalação) e Pithon (esculturas), além da participação de Araylton Públio recitando poemas do seu último livro "Trovares" que estará sendo relançado.

Organização: Edson Machado

quarta-feira, 18 de julho de 2007

PÁSSARO SURDO
para Reynaldo Valinho Alvarez

Estou grave
gravemente lúcido
pássaro surdo
acuado no canto escuro
da cidade sórdida
sem versos sem asas
grávido de espinhos.

terça-feira, 17 de julho de 2007

DIÁRIO IV: Sânzio de Azevedo

Oito de julho de dois mil e sete. Domingo chuvoso. Um dia quase triste. Acordo e vou em busca de novas leituras, novas reflexões. Retiro das prateleiras da minha biblioteca o livro Lanternas cor de aurora que recebi recentemente do poeta Sânzio de Azevedo (1938). Residente em Fortaleza, Ceará, o ensaísta e historiador literário Sânzio de Azevedo é autor de inúmeros ensaios sobre literatura cearense. Leio e releio os 62 poemas que perpassam as 48 páginas do livro. Todos são haicais que, segundo o próprio poeta, estão estruturalmente realizados conforme o modelo japonês imortalizado por Matsuo Bashô e seguem o esquema rimático proposto pelo poeta brasileiro Guilherme de Almeida. Lendo Lanternas cor de aurora fiquei encantado, principalmente, por uma série de haicais intitulados Nordeste, Nordeste 2, Nordeste 3 e Nordeste 4 que projetam através da síntese lírica fortes imagens poéticas, quase plásticas, que impregnam as retinas do leitor:

NORDESTE 2
Para Luciano Maia

Audaz e encourado,
ligeiro, irrompe o vaqueiro
do mato cerrado.


Salve a grande poesia brasileira! Salve o poeta Sânzio de Azevedo, um vaqueiro encourado de metáforas que anuncia as singelezas do mundo pelas formas pequenas, mas que rebrilham intensamente como Lanternas cor de aurora.

Boa leitura!

AZEVEDO, Sânzio de. Lanternas cor de aurora. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2006.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Alex Macedo & Tito Gonçalves

MUSICAL

Voz, piano e violão.

Alex Macedo & Tito Gonçalves

Bar e Espaço Cultural: Cidade da Cultura / Feira de Santana

21:00 horas

13/07/2007 (Sexta-feira)

BIBLIOTECA POETA DOUGLAS DE ALMEIDA

O Grupo Cultural Outra Metade, ONG da comunidade de Boiadeiro, comemorando em 2007, dez anos de fundação e atuação cultural, educativa e artística em sua comunidade, estará lançando no dia 14 de Julho às 19h00 no Centro Cultural Plataforma seu projeto de Leitura e Literatura com a inauguração da BIBLIOTECA ITINERANTE POETA DOUGLAS DE ALMEIDA. Uma homenagem mais do que justa a esta importante personalidade do meio educativo e literário.

O Projeto de Leitura e Literatura irá circular na forma de Biblioteca Itinerante levando educação e cultura para comunidades do Subúrbio Ferroviário de Salvador com exposição de livros de contos, poesia, teatro, fotografia, história, romance e outros. A Biblioteca Itinerante ainda vai contar com uma programação de Teatro de Bonecos, Contação de Histórias, Oficinas de Literatura, Exposição de Artes Plásticas e Oficinas Criativas Diversas.

O evento de Lançamento do Projeto de Leitura e Literatura com a inauguração da Biblioteca Itinerante Poeta Douglas de Almeida terá uma vasta programação com Encenação Dramática de Contos Literários e Poesias, por atores membros do Grupo Outra Metade, Recital Livre de Poesias com intérpretes convidados e Recital com Literatura de Cordel.

Inauguração: Biblioteca Itinerante Poeta Douglas de Almeida
Dia 14 de julho (sábado) de 2007 às 19h
Cine-teatro Plataforma, Praça São Brás
Bairro de Plataforma

Realização: Grupo Cultural Outra Metade

Informações: 71 3401-0143 (Néa Cerqueira) 9104-7444 (Jorge Ravinny)
Cine-teatro Plataforma: 3398-4769

E-mail: gcoutrametade@ig.com.br

Artigo de Wesley Barbosa Correia

Nelson Magalhães Filho e a arte transgressora
Wesley Barbosa Correia

domingo, 8 de julho de 2007

DIÁRIO III: Florisvaldo Mattos

Hoje, 03 de julho de 2007, noite de sertão baiano, completei o prazeroso e sinestésico percurso pelas 168 páginas do livro Travessia de oásis: a sensualidade na poesia de Sosígenes Costa, do poeta e jornalista baiano Florisvaldo Mattos. A obra está dividida em três partes: 1. Seis sonetos de Florisvaldo Mattos que foram “produzidos em momentos diversos, com intenção de homenagear a memória do belmontino e, de certo modo, inspirados no universo sensual e plástico de sua poética”; 2. Um ensaio sobre os aspectos sensoriais na construção poética de Sosígenes Costa; 3. Uma antologia apresentando 45 poemas que são representativos da vertente sensorial abordada pelo estudioso Florisvaldo Mattos. É comovente, e por que não invejável, descobrir a saudável relação de amizade e aprendizagem artística que é estabelecida entre o jovem e ávido poeta Florisvaldo Mattos e o já maduro e discreto poeta Sosígenes Costa durante seus encontros literários na Associação Comercial de Ilhéus. Em um tom assumido de depoimento intelectual, o autor de Travessia de oásis nos revela suas vivências e suas experiências poéticas durante o tempo que desfrutou do convívio do magnífico poeta belmontino. Depois, o ensaio desdobra-se em vários tópicos onde são realizadas algumas reflexões sobre as dimensões sensoriais da poesia de Sosígenes Costa. Através de um texto claro, bastante informativo, quase sempre banhado de extrema erudição, o ensaísta baiano ajuda-nos a redescobrir as chaves da sensibilidade e do pensamento estético que possibilitam uma leitura mais bem amparada da vasta e plurissignificativa obra poética deixada pelo autor de Iararana. Para finalizar, chamo a atenção para a “iniciada” análise comparativa que o ensaísta realiza entre o poeta moderno de língua grega Konstantinos Kaváfis e o nosso Sosígenes Costa. Paixão poética e sincera reflexão crítica são os claros aromas que exalam das páginas deste livro. Confiram!

Boa leitura!

MATTOS, Florisvaldo. Travessia de oásis: a sensualidade na poesia de Sosígenes Costa. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, 2004.

TRIBUNA CULTURAL

Artigos, entrevistas e poemas de Cleberton Santos publicados na Tribuna Cultural, caderno especial do jornal Tribuna Feirense, Feira de Santana – BA.

1. Madrugada qualquer (poesia). 22/09/2002, n 12, p. 02
2. Memórias urbanas na poética de Godofredo Filho (artigo). 22/12/2002, n 23, p. 03
3. A sinfonia dos crisântemos (poesia). 16/03/2003, n 33, p. 02
4. Três olhares poéticos (poemas). 25/05/2003, n 42, p.03
5. Dia escuro (poema). 01/06/2003, n 43, p. 04
6. O Reinol das Alagoas (artigo sobre José Geraldo Marques). 29/06/2003, n 47, p. 02
7. Tribuna Cultural: convergências literárias (artigo comemorativo). 17/07/2003, n 50, p. 04
8. El duende na poesia dos repentistas (artigo). 17/08/2003, n 54, p. 03
9. Violino apaziguado (conto-poema). 09/09/2003, n 28, p. 02
10. Poeta do infindável tempo (artigo sobre Moacir Eduão). 21/09/2003, n 59, p. 02
11. El pázaro azul (poema). 07/12/2003, n 70, p. 04
12. Canção da Amiga (poema). 25/01/2004, n 77, p. 02
13. A poesia cativante de Cyro de Mattos (artigo). 28/03/2004, n 86, p. 02
14. O poeta nas entranhas da cidade (artigo sobre Reynaldo Valinho Alvarez). 23/05/2004, n 93, p. 03
15. Poema sexagenário (poesia). 13/06/2004, n 96, p. 01
16. João de Moraes Filho: um poeta, sem redundâncias. (entrevista). 20/06/2004, p. 01
17. Carlos Ayres de Britto, um canto à vida. (artigo). 25/07/2004, p. 02
18. Composição para flauta. (poema) 17/10/2004, n. 113, p. 02
19. A Poesia de Elder Oliveira: força e encantamento.(artigo) 31/10/2004, n. 115, p. 02
20. Testemunho de uma época: a literatura em jornais. (resenha do livro de Benedito Veiga) 05/12/2004, nº 120, p. 03
21. Galos (poema). 20/03/2005. n 132, p. 04
22. A nudez da palavra poética em Roberval Pereyr (artigo). 27/03/2005, n 133, p. 03.
23. Tecelã de músicas e mistérios (artigo sobre Myriam Fraga) 03/04/2005, n 134, p. 03
24. O MAC e os novos poetas: a visibilidade de Nívia Maria. (artigo). 29/05/2005, n 140, p. 02.
25. Romaria Lírica. (Entrevista com José Inácio Vieira de Melo) 05/06/2005, n 141, p. 01-02.
26. A Lucidez Silenciosa de Cleberton Santos (entrevista) 11/08/2005, n. 153, p. 1-2.
27. Segunda paisagem (poema) 09/10/2005, n. 157, p. 04.
28. Florisvaldo Mattos: 40 anos de celebração poética.(artigo) 30/10/2005, n. 160, p. 01.
29. Cronista urbano. (artigo sobre Lima Barreto) 10/12/2005, n. 166, p. 03
30. Soneto da obsessão (poema) 01/07/2006, n. 173, p. 04.

sábado, 7 de julho de 2007

JOAO DE MORAES FILHO

Visitem o blog do poeta e organizador do Caruru dos 7 Poetas
JOAO DE MORAES FILHO.
Poesia Ouvida - Oficina de Investigação e Criação Literária

A OFICINA DE INVESTIGAÇÃO E CRIAÇÃO LITERÁRIA POESIA OUVIDA é um projeto da Casa de Barro Ações Culturais, Organização não Governamental, sem fins lucrativos, fundada em 25 de julho de 2005, em Cachoeira, Recôncavo Sul da Bahia, e que tem por finalidade a disseminação e valorização das manifestações artístico-culturais do Recôncavo baiano e a preservação de seu patrimônio material e imaterial.

Coordenação do Poeta João de Moraes Filho.
Casa de Barro Ações Culturais

http://www.poesiaouvida.blogspot.com/

Araken Vaz Galvão

Conheçam um pouco do trabalho literario do escritor Araken Vaz Galvão. Sertanejo, baiano, brasileiro, americano (no melhor sentido). Revolucionário, hoje pelo exercício radical da cultura, por escrito e assinada. A cultura floresce a partir de sua raiz, caso contrário é artificial, morta.

http://arakenvaz.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de julho de 2007

CURSO CASTRO ALVES 2007 - II COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA

Academia de Letras da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística - UFBA
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural - UEFSC
oordenação: Aleilton Fonseca

Prezados(as) colegas e colaboradores:Este ano, o Curso Castro Alves 2007 - II Colóquio de Literatura Baiana acontece nos dias 17,18 e 19 de julho, na Academia de Letras da Bahia.Além das mesas principais às 17h, teremos duas sessões de comunicações, nos dias 18 e 19, das 14h30 às 16h40.São apenas 20 vagas para comunicações sobre temas, autores, obras ou questões de literatura baiana.As inscrições para ouvintes vão até o dia 12/07 (ou, eventualmente, até 17/07, no início do curso, se ainda houver vaga).São apenas 120 vagas no total.As inscrições para apresentação de trabalho vão de 28 de junho a 10 de julho, enquanto houver vaga.Para participar, por favor, solicite/preencha a ficha de inscrição e envie para o e-mail aleilton@terra.com.br . As inscrições serão aceitas enquanto houver vaga. Após receber o e-mail de aceite, você poderá efetuar o pagamento da taxa de inscrição conforme instruções que irão anexas.Serão conferidos certificados de 12 horas aos participantes (com valor de atividade complementar para graduandos).Pedimos, por obséquio, divulgar esta circular a alunos, colegas e outros eventuais interessados.Atenciosamente:Aleilton Fonseca - CoordenadorPROGRAMA:Curso Castro Alves 2007 - II Colóquio de Literatura BaianaPeríodo: 17, 18 e 19 de julhoLocal: Academia de Letras da Bahia - Av. Joana Angélica 198 - Nazaré17 de julho - Terça-feira 17h - Jorge Calmon e Castro Alves - O jornalista e o poeta Lizir Arcanjo Alves (UCSal)17h30- O Decenário da morte de Castro Alves Consuelo Pondé de Sena (IGHB/ALB)17h50 - A dimensão espacial do poeta Castro Alves Edivaldo Boaventura (UFBA/ALB)18h30 - Lançamento do livro Castro Alves: um parque para o poeta, de Edivaldo Boaventura
> 18 de julho - Quarta-feira14h30 - Sessões de comunicações17h - Poetas em diálogo (Depoimentos, poemas, debates) Myrian Fraga - Florisvaldo Mattos - Fernando da Rocha Peres Coordenador: Aleilton Fonseca (UEFS/ALB)19 de julho - Quinta-feira14h30 - Sessões de comunicações17h - Luís Gama e Castro Alves: rupturas e convergências na poética oitocentista Adriano Eysen (UNEB)17h30 - Castro Alves: aspectos de sua recepção crítica Benedito José de Araújo Veiga (UEFS)18h - 10 anos da Camerata Castro Alves Marcos Santana (Mestrando-UNEB) e Paulo Nery (Camerata Castro Alves)18h30 - Sarau como antigamente (Apresentação lítero-musical da Camerata Castro Alves)FICHA DE INSCRIÇÃOACADEMIA DE LETRAS DA BAHIACURSO CASTRO ALVES 2007 - II COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA17 a 19 de julho, das 14h30 às 19h30 - na ALB, em Salvador - BahiaFICHA DE INSCRIÇÃOIdentificação:Nome completo: _____________________________________________________( ) Professor ( ) Outra profissão:____________________ ( ) Escritor( ) Outro( ) Estudante de Pós-Graduação em: ______________________________________( ) Estudante de Graduação em:__________________________________________( ) EstudanteEndereço: Rua/Av.: ____________________________________________nº ______Complemento: ____________________ Cidade:_________________ Estado _______Cep:______________________ Tel: __________________Fax:_________________e-mail:_____________________Instituição a que pertence: _______________________________________________Forma e taxa de Inscrição:( ) Estudante/graduação (ouvinte) - valor R$ 5,00( ) Estudante/graduaçãoc/Apres. de Comunicação (IC ou pesquisa, com orientador) - valor R$ 15,00( ) Profissional/pós-graduando/outro (ouvinte) - valor R$ 20,00( ) Profissional/pós-graduando/outro (c/ Apres. de Comunicação) - valor R$ 30,00Titulo da Comunicação:_____________________________________________________Data: ___/___ /2007.OBS: Após o envio, receberá o e-mail de ACEITE e instruções para pagamento da taxa.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

DIÁRIO DE UM POETA-LEITOR II

Hoje, 26 de junho de 2007, noite de inverno, termino, pela terceira vez, a leitura da antologia A poesia baiana no século XX, organizada pelo escritor e ensaísta Assis Brasil (Piauí, 1932). Esta antologia faz parte do projeto Mapeamento Poético Brasileiro, no qual Assis Brasil publicou antologias de vários estados brasileiros, dando assim uma valorosa contribuição para os estudos da poesia brasileira no século XX. Na introdução, Assis Brasil apresenta pequenos trechos de crítica literária ou depoimentos de autores como Cid Seixas, Carvalho Filho, João Carlos Teixeira Gomes, Roberval Pereyr e Aleilton Fonseca. Comentários sobre as revistas ou movimentos literários baianos renovam o interesse dos leitores para possíveis pesquisas sobre os autores que circulavam nessas publicações, como: A Nova Cruzada, Arco & Flexa, Mapa, Revista da Bahia, Serial e Hera. A antologia apresenta 64 poetas, cada qual acompanhado de uma pequena nota biobibliográfica e de dois ou três poemas. Um excelente panorama das várias expressões estéticas que compõem o mosaico da literatura baiana durante o século XX. Considero um livro essencial na biblioteca de todo leitor-professor-pesquisador de poesia brasileira.

Boa leitura!

BRASIL, Assis. A poesia baiana no século XX. Rio de Janeiro: Imago; Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1999.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Revista Correio das Artes

Confiram a revista cultural da Paraíba editada pelo poeta Linaldo Guedes.

Correio das Artes

http://cd-artes.blog.uol.com.br/

O Correio das Artes é o suplemento literário mais antigo em circulação no Brasil. Circula encartado, quinzenalmente, aos finais de semana no Jornal A União, do Governo do Estado, em João Pessoa, Paraíba, em formato revista. Fundado por Édson Régis em 27 de março de 1949, é editado por Linaldo Guedes e tem editoria de Artes de Cícero Félix. Está aberto a colaborações de qualquer parte do país pelo e-mail linaldoguedes@uol.com.br.

A POESIA BAIANA NO SÉCULO XX

Ministrarei o mini-curso A POESIA BAIANA NO SÉCULO XX durante o SIMPÓSIO
LÍNGUAS E CULTURA NO MUNDO: CAMINHOS E CONSTRUÇÕES que será realizado no CEFET – Salvador, durante os dias 27, 28 e 29 de junho de 2007.

Contatos:

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LINGUAGENS
COORDENADORIA DE LINGUAGENS

Rua Emídio Santos, s/n – Barbalho Salvador – Bahia – Brasil / CEP: 40.300-010
Telefones: (71) 2102-9400/2102-9401 (PABX)
DCHL: (71) 2102-9490/2102-9491
Coordenadoria de Linguagens: (71) 2102-9523

JORNAL DE POESIA de Soares Feitosa

Poemas, entrevistas, artigos e ensaios de CLEBERTON SANTOS no Jornal de Poesia, editado pelo poeta Soares Feitosa.

Soares Feitosa - Jornal de Poesia
Rua Barbosa de Freitas, 951, 1°, 10
60170-020, Aldeota, Fortaleza, Ceará, Brasil

http://www.secrel.com.br/jpoesia/clebertonsantos.html

POESIA NA BOCA DA NOITE 2007

03 / 07 / 2007 – Antonio Carlos de Oliveira Barreto e Genny Xavier

04 / 09 / 2007 – Linaldo Guedes e Márcia Tude

02 / 10 / 2007 – Martha Galrão e Wesley Correia

06 / 11 / 2007 – Goulart Gomes, Kátia Borges, João de Moraes Filho e Rita Santana

Local: Grande Sertão – Rua Adelaide Fernandes Costa, 122 – Costa Azul
(Em frente à Cantina Cortile)
Salvador – Bahia – Brasil Couvert: R$ 5,00
MAIS INFORMAÇÕES:
FONE: (73) 8118 9442 / (73) 3526 1936
E-MAIL: jivm@ig.com.br

domingo, 24 de junho de 2007

DIÁRIO DE UM POETA-LEITOR: Hildeberto Barbosa Filho

Hoje, 23 de junho de 2007, tarde de inverno, terminei a saborosa e formativa leitura do livro A luz e o rigor: reflexões sobre o poético, enviado pelo poeta paraibano Hildeberto Barbosa Filho. Obra de considerável valor teórico e de leitura aconselhada para todos aqueles que verdadeiramente se interessam pelas discussões sobre a criação poética e suas implicações no movimento de leitura e crítica literária. Professores de literatura, jovens escritores-poetas, iniciantes e iniciados na atividade da crítica literária, enfim, todos os envolvidos no complexo processo de produção-leitura-julgamento do texto poético terão seus conhecimentos renovados e ampliados com a leitura deste livro. Um livro pequeno, com apenas 72 páginas, porém de grande contribuição para a reflexão sobre a atividade poética, principalmente entre os autores contemporâneos. Hildeberto Barbosa Filho (1954), membro da Academia Paraibana de Letras, apresenta-nos um texto leve, em tom acertadamente didático, que possibilita ao leitor um mergulho salutar nas águas quase sempre turvas da teoria estética e literária. Fiquemos com as palavras do próprio autor no “Prólogo”:

“Faço aqui, algumas reflexões acerca da natureza da poesia, sobretudo vista em sua dimensão espiritual, e do poema, principalmente na sua materialidade lingüística. Também procuro comentar certas idéias sobre o poético desenvolvidas por autores como T. S. Eliot, Paul Valéry, Jean Paul Sartre, Jorge Luís Borges, Ferreira Gullar e Lêdo Ivo. Meu objetivo é discutir conceitos de maneira aberta e plural, em estilo simples e quase didático, no sentido de fazer deste A luz e o rigor – talvez uma definição justa, se tal é possível, para o poema – uma pequena propedêutica para uma pedagogia do poético.” (p. 07)

A todos uma boa leitura!

BARBOSA FILHO, Hildeberto. A luz e o rigor: reflexões sobre o poético. João Pessoa: Editora Manufatura, 2006.

Contatos: Editora Manufatura, Rua Juvenal Mário da Silva, 1108, Manaira, João Pessoa – PB. (83) 3246-1121

sexta-feira, 22 de junho de 2007

PRÊMIO BANCO CAPITAL 2007

O poeta ADRIANO EYSEN é o vencedor do Concurso na Categoria de Poesia do Projeto de Arte e Cultura do Banco Capital – 2007.

O livro de poemas CICATRIZ DO SILÊNCIO será lançando em agosto de 2007, confiram o poema-título:


Cicatriz do silêncio

Um fósforo dentro da noite
risca o rosto
obscuro do homem.

E um morcego
cicatriza o silêncio
que se retorce dentro do menino.

O homem e o menino
são dois punhais
que cortam minha epiderme.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

A INFÂNCIA DO CENTAURO - JIVM

O novo livro do poeta e jornalista José Inácio Vieira de Melo, intitulado "A infância do centauro", será lançado no dia 21 de julho de 2007, das 9h 30min às 14h 30min, na LDM Livraria Multicampi, na rua Direita da Piedade, Salvador, Bahia. A infância do centauro vai ser lançado também em Jequié-BA, dia 27 de julho; em Palmeira dos Índios-AL, dia 18 de agosto; e em Maceió-AL, dia 22 de agosto, no Teatro Deodoro. A infância do centauro, quarto livro de poemas de José Inácio Vieira de Melo, é uma publicação da Escrituras Editora e conta com ilustrações do artista plástico Juraci Dórea e prefácio do escritor Ronaldo Correia de Brito.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

BANDA GATOS PINGADOS

BELEZA TOTAL!

A apresentação da banda GATOS PINGADOS foi uma beleza total. Música verdadeiramente da boa, com arranjos sensacionais. Perfomance espetacular do poeta e grande músico Tito Gonçalves nos teclados e a mágica desenvoltura do artista plástico e músico Jorge Galeano. Uma noite incrível! Não percam a próxima apresentação!


SHOW DA BANDA GATOS PINGADOS,

SAMBA JAZZ

BAR DO SEU ZÉ

21:00 hs

16/06/2007 (Sábado)

terça-feira, 22 de maio de 2007

DIÁLOGO ENTRE PINTURA E POESIA!


PRÊMIO LITERÁRIO VALDECK ALMEIDA DE JESUS

Visitem o site do poeta VALDECK ALMEIDA DE JESUS.

PRÊMIO LITERÁRIO VALDECK ALMEIDA DE JESUS
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http://www.literaturaecritica.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Encontro Nacional sobre Ensino-Aprendizagem de Leitura e Escrita

I ENEALE
(Encontro Nacional sobre Ensino-Aprendizagem de Leitura e Escrita)
Local: UEFS - Módulo II, Campus Universitário
Data: 18 a 20 de junho de 2007
Promoção: Departamento de Letras e Artes
Grupo: GEALE

Objetivos: Integrar pesquisadores, professores e alunos de diferentes níveis de ensino, diferentes realidades e contextos, no intuito de discutir e propor novas estratégias de ensino-aprendizagem de leitura e escrita, seja em língua primeira seja em línguas estrangeiras, a fim de apontar novos caminhos para a educação brasileira no que concerne a leitura e a escrita, além de divulgar as pesquisas realizadas em cada uma das instituições participante.

Público alvo: professores dos três níveis de ensino, alunos de graduação e pós graduação em qualquer curso.

Coordenação Geral: Profa Dra Girlene Lima Portela (DLET/UEFS) lima@uefs.br
Secretária: Daiane Souza Aragão - daianesc84@hotmail.com

E-mail para envio das propostas eneale@ig.com.br


Segunda–feira (18/06)
8:00 Entrega de pastas, confirmação das inscrições
9:00 Abertura do Encontro
9:30 Conferência: O papel da leitura-escrita na produção e atualização do conhecimento. Profa. Dra. Girlene Lima Portela
14:00 Mesa redonda: Poesia baiana contemporânea: do cânone ao marginal
Coordenador: Prof. Dr.Roberval Pereyer (UEFS)
Participantes:
Prof. Ms.Adriano Eysen Rego (UNEB)
Prof. Ms.Cleberton Santos (CEFET/Valença)

Terça-feira (19/06)
8:00 Oficina de criação literária- Cleberton Santos

Programação completa confira: www.uefs.br

LANÇAMENTOS DE Flávia Savary

Querido(a)s amigo(a)s,

Atendendo a súplicas, lamúrias, pedidos e novenas, dia 30 de maio (quarta-feira), temos um encontro marcado.

Ao meio-dia, durante o 9º Salão FNLIJ, no MAM (Museu de Arte Moderna) - Rio de Janeiro, estarei lançando estes dois maravilhosos livros abaixo.

Não perca essa única oportunidade de encontrar a escritora mais rara de se ver ao nível do mar. Outra chance igual, só Deus sabe quando!

Então, fica combinado: dia 30, às 12 horas, no estande 24, a gente se vê.

Caminhando, vamos fazer a melhor escolha: ir ao salão, no dia 30!

Saudações lítero-serranas,

Flávia Savary
Visite o site: www.flaviasavary.com

domingo, 20 de maio de 2007

Poema de Wesley Barbosa Correia

Outro poema para Cleberton Santos

O céu de estrelas
é fosco.

A luz da casa pobre,
azul e distante,
é um farol a explodir
de idéias.
Farol amarelo ocre.

Teu verso raro,
incognoscível,
que força traz?

Wesley Barbosa Correia
João Pessoa, verão de 2007.

Ecos da História na poesia lírica de Florisvaldo Mattos

Envio uma cópia digital dos ANAIS DO I SETHIL, Edições UESB, 2007, onde estão publicados artigos sobre poesia baiana dos professores Cleberton dos Santos. Um abraço fraternal,

Cleberton dos Santos: Ecos da História na poesia lírica de Florisvaldo Mattos (p. 123).

Disponível em: http://www.uesb.br/sethil/anais_1.

domingo, 15 de abril de 2007

poema INFÂNCIA

No umbigo do mundo
escondi meu cavalo de barro.
No umbigo do mundo
escondi minha bola de gude.
No umbigo do mundo
a criança escondida
brinca de se esconder
do outro lado das coisas
vestindo palavras espumas.

Poema publicado na Antologia do 15º Concurso Nacional de Poesia “Helena Kolody”, editada pelo Governo do Paraná, 2005.

LEITORES OU SOLETRADORES?

A verdadeira leitura possibilita ao homem uma compreensão e interpretação profunda dos fenômenos que ocorrem no mundo que o cerca. Claro que não estou me referindo ao ato da mera e superficial soletração de letras, sílabas e palavras. Ato mecânico que poderá ser realizado por qualquer robô devidamente programado. Quando falo em LEITURA penso na leitura plena, nos múltiplos sentidos da palavra, nos contextos que envolvem cada texto, nas entrelinhas que dizem outros mistérios, nos silêncios que lançam enigmas ao leitor.

Neste momento, muitas pessoas devem estar se perguntando: Eu sou um leitor ou um soletrador de textos?

Infelizmente, a maioria dos jovens que saem das escolas brasileiras são meros SOLETRADORES. Sim, são SO-LE-TRA-DO-RES!

Mas se o objetivo da escola é educar o cidadão para ser um grande LEITOR, qual tem sido o problema? Eis o nó da questão!

O engano social já começa em atribuir à escola o poder absoluto na formação do futuro leitor-cidadão. A leitura é um ato sociocultural e, portanto, deve ser praticada em todos os espaços da sociedade, principalmente, na família. Porém, o que se tem visto é um total descaso com a prática da leitura nos diversos meios sociais. E para completar a tragédia brasileira, o espaço social considerado “templo da leitura”, a escola, também tem relegado esta atividade aos bastidores do teatro do ensino-aprendizagem.

Leitores e soletradores são facilmente identificáveis em suas atitudes sociais. Os soletradores tendem a decorar informações para uso momentâneo de satisfação imediata. Leitores são mais inquietos e buscam dialogar com as informações, avaliá-las, interpretá-las e até mesmo reescrevê-las, dando assim continuidade ao conhecimento humano. Os soletradores são pontes quebradas que levam ao abismo da ignorância. Os leitores são águias que enxergam além dos horizontes.

Escolas, famílias, igrejas, partidos, clubes, segmentos de todos os grupos sociais uni-vos em prol da transformação urgente de nossos capengas soletradores em magníficos leitores.

Façamos valer as sábias palavras do poeta Castro Aves:

Oh! Bendito o que semeia

Livros... livros à mão cheia...

E manda o povo pensar!

O livro caindo n'alma

É germe—que faz a palma,

É chuva—que faz o mar.


Publicado no jornal Valença Agora, Valença – BA, 12/04/2007 a 18/04/2007, nº 101, p. 13.

poema GIRASSÓIS

Nas formas do teu corpo
percorro verbos infinitos
de angústia e prazer
de solidão e demência
de volúpia e tortura.
Enquanto inauguro em cada manhã
formas lúcidas de amar girassóis.

Poema publicado no jornal Valença Agora, Valença – BA, 12/04/2007 a 18/04/2007, nº 101, p. 12.