quinta-feira, 29 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PARABÉNS PARA Karina Rabinovitz

A FLIPORTO DIGITAL.da V FESTA LITERÁRIA INTERNACIONALDE PORTO DE GALINHAS,tem a honra de anunciar os classificados e vencedores do3º PRÊMIO INTERNACIONAL POESIA AO VÍDEO:

1º lugar: 'Boca', Lis Paim2º lugar: 'Ao chão do Corpo', Daniel Retamoso Palma3º lugar: 'Dúvida', Fernando Davidovitsch4º lugar: 'Avenida Paulista', Simone Costa5º lugar: 'Beijo', Victor Candido Dreyer Vieira6º lugar: 'Às Avessas', Karina Rabinovitz7º lugar: 'Fernando', Silvino Ferreira Jr8º lugar: 'A Terra da Verdade', José Luís da Silva Costa9º lugar: 'Dú[vidas]', Gabriela Lopes10º lugar: 'Perguntório e Respostório', Walter LajesOs três primeiros lugares receberão o prêmio em dinheiro de 4, 3 e 2 mil reais, respectivamente, bem como passagens e hospedagem para os 4 dias de nossa Festa.SEJAM TODOS BEM-VINDOS!Antônio CamposCurador da Fliporto 2009

TEMOS LÁ UMA POETA BAIANA: Karina Rabinovitz

A POESIA BAIANA ESTÁ EM TODAS!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

PEÇA NHÔ GUIMARÃES

PEÇA TEATRAL NO CUCA
Estou vendendo os ingressos para o Espetáculo Teatral NHÔ GUIMARÃES, baseado no romance de Aleilton Fonseca, direção de Edimilson Motta Pará, com a atriz Deusi Magalhães.
Sucesso de público e de crítica!
Local: Tetro do CUCA / Centro de Feira de Santana
Data: 05 e 06 de novembro de 2009.
Hora: 19:30
Meia: 5,00
Inteira: 10,00

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

FÓRUM DAS LETRAS DE OURO PRETO 2009


ALEILTON FONSECA NA TV SENADO

O poeta, contista e professor universitário Aleilton Fonseca é o entrevistado do programa Leituras.
Ele apresenta no programa o romance O Pêndulo de Euclides, no qual propõe uma reflexão sobre a mudança de valores motivada pela guerra.
O autor vale-se da experiência de Euclides da Cunha, na Guerra de Canudos, onde passou a ter uma visão mais realista da vida.
A entrevista com o escritor Aleilton Fonseca vai ao ar no domingo, dia 25/10, às 8h e às 20h30.

NÃO PERCAM!

PROMOÇAO DA AGENDA 2010

Fazer da brisa um traje sem medida
E do arco-írirs fazer um tobogã.
Amar as mínimas coisas da vida.
E ter no olhar as luzes do amanhã.

Affonso Manta


AGENDA 2010

Agenda de 2010, Brasil retratos poéticos, pela Editora Escrituras, São Paulo, com fotos de Mauricio Simonetti e Rogério Reis, poemas de Raimundo Gadelha, e minibiografias e fragmentos poéticos que homenageiam e divulgam os mais talentosos poetas da Bahia, entre eles Cleberton Santos, Antonio Brasileiro, Aleilton Fonseca, Adriano Eysen, Roberval Pereyr, Damário Dacruz, Ruy Espinheira Filho, Affonso Manta, Idmar Boaventura, Sandro Ornellas, Castro Alves, Maria da Conceição Paranhos, Florisvaldo Mattos, Adelmo Oliveira, Kátia Borges e alguns outros.
Organização e seleção de José Inácio Vieira de Melo.

Valor: R$ 20,00

Cleberton Santos
Tel: (75) 9117-6433

Ótimo presente para final de ano!

http://clebertonsantos.blogspot.com/

sábado, 24 de outubro de 2009

TARDE EM SOL MAIOR


Fotografia de Cleberton Santos na cidade de Baixa Grande, 22-10-2009.
Foto-poema em homenagem ao poeta Jorge de Souza Araújo.

JORNAL SIDARTA

Meninos, eu li e gostei!

Leiam o JORNAL SIDARTA da escritora e tradutora Sonia Coutinho, grande personalidade da literatura brasileira.

Presenças de Jorge Viveiros de Castro, Flávio Moreira da Costa, Rubens Gerchman, Armando Freitas Filho, Helena Parente Cunha, Dinu Flamand, Herta Müller e mais.

Um conto inédito de Sonia Coutinho.

Confira em www.jornalsidarta.blogspot.com

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

AINDA EM BAIXA GRANDE

Rosa, eu com nosso pequeno João Cleber e nossa amiga Rejane Miranda.
22-10-2009

LITERATURA E ARTE NA ESCOLA PÚBLICA DE BAIXA GRANDE

Ontem, estive no Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet, na cidade de Baixa Grande-Ba, “capital do mundo” como sempre diz o professor, escritor e amigo Jorge de Souza Araújo.
Fui palestrar na II Semana de Literatura e Arte, evento organizado pelos professores, alunos, funcionários e a diretoria da escola, tendo como grande articuladora a professora e produtora cultural Rejane Magalhães Miranda Rios.
Exposições, palestras, recitais, musicais e outras manifestações culturais e artísticas movimentaram a escola durante três dias. O evento mobiliza toda a população da cidade e das regiões vizinhas. Alunos e professores apresentaram perfomances diversas.
Lançamentos de antologias literárias produzidas pelos alunos com o incentivo dos professores. Palestras de escritores convidados. E principalmente a homenagem ao escritor Outran Borges, filho de Baixa Grande.
Um evento de muita interação entre a comunidade escolar e o povo da cidade.
Fiquei maravilhado com a organização, a qualidade dos trabalhos expostos e apresentados no auditório SW. Fiquei encantado com recepção calorosa dos alunos, professores e funcionários com os convidados.
Meus sinceros parabéns para o Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet, exemplo de que é possível fazer uma escola pública de qualidade e comprometida com o avanço intelectual, social e espiritual do homem.

Um fraternal abraço meu, de Rosa e do nosso pequeno João Cleber.

REVISTA VIRTUA

Prezados Colegas,
Informo que a Revista Virtua, da pós-graduação Lato Sensu em Letras já está no ar.

Visitem e dilvuguem!

http://www.uefs.br/colplet/revista/revista.htm

ENTREVISTA COM O FOTÓGRAFO RICARDO PRADO

Formado em Propaganda e Publicidade, Ricardo Prado atua como fotógrafo profissional desde 1997. Mineiro, resolveu radicar-se em Salvador no princípio dos anos 90. Seu olhar é arguto. Ás vezes, rigoroso. Contudo, desvela imagens de requintada sensibilidade e beleza. Publicou trabalhos em jornais como The Times, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, A Tarde e nas revistas Kaza, Veja, Casa Cláudia, Elle, Vogue, Giro e Aventura e no livro Bahia Life (Ed. Siquini). Participou de exposições coletivas e individuais.

Leia a entrevista na íntegra no site da Revista VERBO21
http://www.verbo21.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=576&Itemid=177#josc458

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ÂNIMA TRIO LANÇA CD NO CUCA

Cuca reúne nomes do reggae - sexta-feira; Ânima Trio lança CD - quinta-feira

Três nomes expressivos do reggae na Bahia vão se reunir pela primeira vez em um show. Dionorina, Gilsam e Jorge de Angélica são as estrelas de “Trilogia do Reggae”, que será apresentado sexta-feira (23), às 20h, no teatro de arena do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), com entrada franca.

O show é uma forma de valorizar três artistas de reconhecido talento e que enfrentam muitas dificuldades para divulgar o seu trabalho, explica Selma Oliveira, diretora do (Cuca), órgão vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que promove o evento.

Os três reggaemans têm algo em comum: todos se encontraram no afoxé Pomba de Malê. Jorge de Angélica e Dionorina estão entre os fundadores da entidade micaretesca, no início da década de 80. “A matriz foi o Pomba, depois cada um foi buscando a sua vertente”, confere Gilsam, que se juntou à turma em 1984.

A Trilogia do Reggae se propõe a fazer um registro musical dessa trajetória, que inclui sucessos, como “Porrada de Polícia” e “Bahia Negra”. Para acompanhar os músicos, uma banda formada por Wagner (back vocal), Leo (guitarra), Derivaldo (baixo), Tito Pereira e Mariano (teclados), Aroldo, Soró e Jonas (naipes), Pi (bateria), Zeno e Wanderson (percussão).
Feira de Santana, 19 de outubro de 3009.
Socorro Pitombo - Assessoria Cuca/Uefs.

Ânima Trio lança primeiro CD no Cuca
Para quem aprecia boa música e quer conhecer de perto o trabalho da nova geração de artistas feirenses, o show Ânima Trio, com lançamento do primeiro CD é o programa para quinta-feira (22), no teatro do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), a partir das 20 horas.
O show reúne os músicos Flaviano Gallo (bateria e vocal); Sergio Canhoto (contrabaixo) e Tito Pereira (teclados e vocal). Juntos, eles apresentam um repertório sofisticado, voltado a diversas tendências e com um princípio fundamental: música de dentro pra fora, lema incorporado pelos membros da banda motivados pela vontade única de tocar o que sempre gostaram de ouvir: MPB, jazz, música clássica, fusion e, é claro, música nordestina.
O repertório inclui desde o folclore brasileiro, até nomes de importância maior para a cultura nacional, como Egberto Gismonti, sempre com uma pitada de Jazz e música instrumental. O CD Ânima Trio traz nove canções assinadas pelo poeta Roberval Pereyr e pelos cantores e compositores Márcio Pazin, Carol Pereyr, Tito Pereira e Alex Macedo. Além das músicas do CD o grupo fará um passeio pela MPB, apresentando canções de Milton Nascimento, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.
Ânima Trio é um projeto artístico que nasce amparado por uma sólida amizade entre seus integrantes. Antes do Ânima eles trabalharam como músicos “free lancer”, acompanhando diversos artistas locais e nacionais, a exemplo de Dominguinhos, Xangai, Valdick Soriano, entre outros. “Esse contato com variadas fontes musicais foi uma grande escola e o som do Ânima Trio é reflexo dessa atmosfera polirritimica que se respira no Brasil”, diz Tito Pereira, acrescentando que isso confere ao grupo uma característica multifacetada e sempre em busca da liberdade de expressão.

Feira de Santana, 19 de outubro de 3009.

Socorro Pitombo - Assessoria Cuca/Uefs.
www.uefs.br

sábado, 10 de outubro de 2009

O DIVISOR DE ÁGUAS



"Os ventos indomáveis dormem
na concha de tuas mãos."
Fragmento de poema de Cleberton Santos.

O BEM AMADO


O meu bem amado filho Joao Cleber aos 3 meses. 30-08-2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ROTEIRO DA POESIA BRASILEIRA - ANOS 2000

LANÇAMENTO

Coleção

Roteiro da Poesia Brasileira - Anos 2000

Seleção e prefácio Marco Lucchesi

Direção: Edla van Steen

São Paulo: Global, 2009.

Preço: R$ 35
Edição: 1ª
Formato: 16x23
Nº de Páginas: 184
ISBN: 978-85-260-1157-1

A poesia brasileira dos anos 2000 apresenta um duplo aspecto: a biodiversidade irredutível - em termos de autores, mídias e tendências - e o descentramento geográfico, que se constitui num grande desafio aos olhos da crítica e do público. Não bastassem essas razões, o abismo do presente, com paisagens que não param de crescer, exigem uma escuta que se apoie em melodias apenas esboçadas, em vozes corais que, aos poucos, adquirem virtudes próprias dos solistas. A presente antologia foi elaborada com vistas a aumentar o volume desse processo, abrir diálogo com o presente e apresentar possíveis caminhos que se entrelaçam na poesia contemporânea do Brasil. Trata-se de obra aberta, a ser revisitada e modificada, porque a década ainda não terminou. Vale ressaltar que esta seleção apresenta uma agenda de compromissos, como promover um diálogo entre regiões intransitivas (grupos, cidades, movimentos) e permitir a inserção de cada poeta num espectro de voz mais amplo, relativo e aberto. Como disse Drummond, era importante que não nos perdêssemos do presente, todos de mãos dadas, com a admissão das diferenças que nos constituem - é bem verdade - e que ao mesmo tempo nos ultrapassam.

Roteiro da Poesia Brasileira - Anos 2000

Autora - Adriana Montenegro Autor - Alexandre Bonafim Autor - Amador Ribeiro Neto Autora - Ana Rüsche Autora - Annita Costa Malufe Autor - Carlos Manes Autora - Cláudia Freaga Autor - Cleberton Santos Autor - Daniel Bueno Autor - Danilo Monteiro Autor - Delmo Montenegro Autor - Diego Vinhas Autora - Elisa Andrade Buzzo Autora - Estrela Ruiz Leminsky Autor - Fábio Andrade Autor - Fábio Rocha Autor - Flávio Corrêa de Melo Autor - Henrique Marques Samyn Autor - Igor Fagundes Autor - Inaldo Cavalcante Autora - Joana Maria Guimarães Autor - José Inácio Vieira de Melo Autora - Kátia Borges Autora - Lígia Dabul Autor - Luis Maffei Autor - Luiz Felipe Leprevost Autor - Marcelo Sandmann Autor - Marco Vasques Autor - Marcus Vinícius Rodrigues Autor - Maurício Chamarelli Gutierriz Autora - Micheliny Verunschk Autora - Mônica de Aquino Autora - Mônica Montone Autor - Omar Salomão Autor - Paulo Scott Autor - Paulo Vieira Autor - Ricardo Domeneck Autor - Ricardo Jacomo Autor - Roberto S. Kahlmeyer-Mertens Autor - Rodrigo Petrônio Autora - Simone Homem de Mello Autora - Vanessa Buffone Autora - Viviane de Santana Paulo Seleção e Prefácio - Marco Lucchesi Autor - Eduardo Sterzi Autor - Leonardo Martinelli

Outros livros da Coleção Roteiro da Poesia Brasileira:

- Raízes - Seleção e prefácio de Ivan Teixeira- Arcadismo - Seleção e prefácio de Domício Proença Filho- Romantismo - Seleção e prefácio de Antonio Carlos Secchin- Parnasianismo - Seleção e prefácio de Sânzio de Azevedo- Simbolismo - Seleção e prefácio de Lauro Junkes- Pré-modernismo - Seleção e prefácio de Alexei Bueno- Modernismo - Seleção e prefácio Walnice Nogueira Galvão- Anos 30 - Seleção e prefácio de Ivan Junqueira- Anos 40 - Seleção e prefácio de Luciano Rosa- Anos 50 - Seleção e prefácio de André Seffrin- Anos 60 - Seleção e prefácio de Pedro Lyra- Anos 70 - Seleção e prefácio de Affonso Henriques Neto- Anos 80 - Seleção e prefácio de Ricardo Vieira Lima- Anos 90 - Seleção e prefácio de Paulo Ferraz- Anos 2000 - Seleção e prefácio Marco Lucchesi

http://www.globaleditora.com.br/Loader.aspx?ucontrol=bWVudUhvbWUsZmljaGFsaXZybw==&livroID=7548

EM TODAS AS LIVRARIAS DO BRASIL OU NO SITE DA EDITORA GLOBAL!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

II Semana de Literatura e Arte

II Semana de Literatura e Arte


O COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ RIBEIRO PAMPONET, através dos professores da Área de Linguagens, na cidade de Baixa Grande - BA, realiza a II Semana de Literatura e Arte nos dias 21, 22 e 23 de outubro, com exposições, palestras, recitais, musicais e outros eventos.

O poeta e professor CLEBERTON SANTOS fará a palestra do dia 22, com o tema “O papel da literatura na contemporaneidade”.

A Semana estará homenageando o escritor baixagrandense Outran Borges.

Prof. Rejane Magalhães Miranda Rios
Coordenadora do Evento

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AGENDA 2010 DA EDITORA ESCRITURAS

AGENDA 2010

Agenda de 2010, Brasil retratos poéticos, pela Editora Escrituras, São Paulo, com fotos de Mauricio Simonetti e Rogério Reis, poemas de Raimundo Gadelha, e minibiografias e fragmentos poéticos que homenageiam e divulgam os mais talentosos poetas da Bahia, entre eles Cleberton Santos, Antonio Brasileiro, Aleilton Fonseca, Adriano Eysen, Roberval Pereyr, Damário Dacruz, Ruy Espinheira Filho, Affonso Manta, Idmar Boaventura, Sandro Ornellas, Castro Alves, Maria da Conceição Paranhos, Florisvaldo Mattos, Adelmo Oliveira, Kátia Borges e alguns outros.
Organização e seleção de José Inácio Vieira de Melo.

Valor: R$ 25,00

Cleberton dos Santos

Tel: (75) 9117-6433

Ótimo presente para final de ano!

EM BREVE... LANÇAMENTO EM FEIRA DE SANTANA E EM VÁRIAS CIDADES DA BAHIA...

http://clebertonsantos.blogspot.com/


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CÂMARA BAHIANA DO LIVRO

CÂMARA BAHIANA DO LIVRO

BOLETIM DE ATIVIDADES OUTUBRO 2009


BIENAL DO LIVRO DO RIO DE JANEIRO

A Câmara Bahiana do Livro, em parceria com a Secult-BA, Fundo de Cultura, LDM, Viapress e editoras baianas, participou da última edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, promovida pelo SNEL - Sindicato Nacional dos Editores de Livros, de 10 a 20 de setembro deste ano, através de estande próprio. Expomos mais de 4.500 exemplares, com cerca de 1.400 títulos, de editoras e autores baianos. Vendemos livros locais no varejo e no atacado, fechando negócios com livrarias e bibliotecas. A participação, no âmbito institucional, foi inédita, e serviu como marca do novo paradigma de atuação da Câmara Bahiana do Livro: trabalhar em prol da cadeia produtiva profissional do livro na Bahia.

FUNDO PRÓ-LEITURA

Durante a XIV Bienal do Livro no Rio de Janeiro, entidades da cadeia produtiva do livro assinaram acordo onde estabelecem contribuição de parte do faturamento do setor para o desenvolvimento das políticas de livro e de leitura no País como retribuição à desoneração dos impostos agraciada pelo governo em 2004.
Essa contribuição representará aproximadamente 60 milhões de reais que retornarão para a economia do livro em forma de projetos e programas para fomento do livro e da leitura para fazer do Brasil um país de leitores.
O acordo foi firmado com as entidades representativas do setor: Associação Brasileira dos Editores de Livros, a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional de Editores de Livros, a Associação Brasileira de Difusão de Livros, Associação Nacional de Livrarias, Liga Brasileira de Editores, Associação Brasileira de Editoras Universitárias, Câmara Rio Grandense do Livro, Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro, Câmara Mineira do Livro, Câmara Amazonense do Livro e Leitura, Câmara do Livro do Distrito Federal, Câmara Bahiana do Livro, Sindilivros Ceará e Diretoria do Livro, Leitura e Literatura/SAI/MinC.
A Câmara Bahiana do Livro participou das negociações, ao lado das outras entidades regionais do livro, através de seu presidente, Aurélio Schommer. A foto com o momento da assinatura do acordo histórico pode ser conferida no link http://blogs.cultura.gov.br/pro-leitura/, onde também poderá ser acompanhada a tramitação do acordo no Congresso Nacional, sob a forma de Projeto de Lei.

1ª FEIRA DO LIVRO DO SALVADOR NO ORÇAMENTO

O Prefeito João Henrique garantiu a inclusão da Primeira Feira do Livro do Salvador no orçamento do Município para 2010. A Feira, com estrutura climatizada de última geração fornecida pela ST Estruturas, será realizada no Campo Grande, de 21 de abril a 02 de maio do próximo ano. Resultado da parceria entre a Câmara Bahiana do Livro e Fundação Gregório de Matos, o evento promete superar em público e área de exposição qualquer outra iniciativa do gênero em nosso estado já realizada.
Aproveitamos para agradecer o empenho da Fundação Gregório de Matos, através de seu Presidente Antonio Lins, e da brilhante gestora Ilna Baptista, que compreenderam a importância de dotar a cidade de uma feira de livro realizada por baianos, com valorização da produção local.

CAMPANHA DE FILIAÇÃO

Desde o início da nova gestão da Câmara Bahiana, em abril, mais que dobramos o número de filiados. Ainda estamos em campanha para filiar todas as editoras, livrarias, distribuidoras e gráficas de livro do estado, além de seguirmos aceitando a filiação de autores. Pedimos aos interessados que enviem e-mail para aurelioschommer@gmail.com, ou c.vilarinho@yahoo.com.br, solicitando sua filiação. Há muito trabalho a fazer e precisamos da participação e do compromisso de todos.

LEI DO LIVRO A CAMINHO

Após longo período de políticas públicas errantes e descontínuas no que diz respeito ao livro e à leitura, o Governo do Estado parece ter despertado para a necessidade de fortalecer a cadeia produtiva do livro na Bahia. Tudo começou com o Edital de Apoio à Edição, no final do ano passado. Apesar de repetir velhos equívocos, como patrocinar impressões sem viabilidade de distribuição, foi um primeiro passo. Esperamos que o segundo Edital venha mais aperfeiçoado e esteja de fato voltado à produção editorial viável. Depois veio o convite à Câmara Bahiana para participar da curadoria da Bienal da Bahia, com o que conquistamos alguns espaços importantes para debatermos o aperfeiçoamento daquele evento, sempre muito criticado por nossos filiados. Em seguida, a publicação no Diário Oficial do Estado da convocação da Câmara Bahiana para participar como titular no Grupo de Trabalho para a Lei do Livro e elaboração das políticas públicas para o livro e leitura. O GT do Livro já começou a funcionar e estamos esperando ansiosamente o momento de apresentarmos nossas propostas. Para tanto, pedimos a contribuição de todos os filiados, com sugestões que venham enriquecer esta histórica e fundamental participação da entidade representativa da cadeia produtiva do livro na elaboração da legislação relativa à produção literária na Bahia. Por fim, vale destacar o apoio do Estado à nossa participação na Bienal do Rio e a promessa de mais apoio para participarmos de eventos semelhantes no próximo ano em Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba.
Para um primeiro ano de relações profícuas, avançamos muito. Porém, há ainda um longo caminho a percorrer até chegarmos a um efetivo renascimento da indústria editorial baiana.

POSSE BAIANA NA ABEU

No último dia 11 de setembro, a Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU) passou a ter nova diretoria, cuja presidente é a diretora da Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA), filiada à Câmara Bahiana do Livro, Flavia Garcia Rosa. A cerimônia de posse foi realizada na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, com a presença do presidente da Câmara Bahiana do Livro, Aurélio Schommer, quando a equipe assumiu a gestão da Associação para o período 2009-2011.Depois de ter passado os dois últimos anos como vice-presidente, Flávia Garcia Rosa volta à presidência da Associação (função que já exerceu no período de 2003 a 2005). Graduada em Comunicação, mestre em Ciências da Informação e doutoranda em Comunicação (Cultura e Sociedade), Flávia Rosa dirige a EDUFBA desde 1998.Em seu discurso de posse, Flávia Garcia Rosa agradeceu aos companheiros de editoras universitárias, à equipe da gestão cessante e aos parceiros da nova jornada. Relembrando o fato de acompanhar o movimento dos editores há mais de 26 anos – ações que contribuíram para a criação da ABEU há 22 anos –, Flávia se disse mais preparada para gerir a trajetória em prol do coletivo: com mais maturidade, conhecimento, experiência em pesquisas na área e comprometimento com os princípios que defende. A nova presidente se referiu à necessidade de capacitar o quadro técnico-administrativo, de consolidar parcerias e de se fazer uma vasta pesquisa interna, mantendo como base uma proposta de trabalho que privilegia os associados, independentemente de dimensão e região.“Temos planos, projetos e o grande desejo de que nossas associadas, com o nosso apoio, cumpram cada vez mais com a missão de dialogar com a sociedade através da disseminação da produção científica, acadêmica e artística das universidades, inseridas no contexto das tecnologias de informação e comunicação que tornaram o mundo ‘menor’, ligado através de redes, de acesso instantâneo e em busca do acesso livre”, afirmou Flávia.

Aurélio Schommer
Câmara Bahiana do Livro - CBaL
Presidente
71-91928073 - 71-32353763

domingo, 27 de setembro de 2009

"POÉTICA" NA RÁDIO IFBA


Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Estreia “Poética” na Rádio IFBA

A partir desta quinta-feira, 24 de setembro, às 14h30, a programação da Rádio IFBA vai contar com o “Poética”, novo programa que será apresentado pelo poeta, músico e professor do IFBA, campus Camaçari, Wesley Barbosa Correia.

O programa “Poética” é mensal e vai ao ar, sempre, às 14h30, na quarta semana do mês. Com meia hora de duração, o programa tem como objetivo “criar uma outra via de divulgação da poesia, uma vez que o mercado editorial é fechado”, argumenta Wesley Correia.

O convidado do primeiro programa é o poeta sergipano, Cleberton Santos, que falou um pouco do seu trabalho e declamou algumas das suas poesias - dentre elas, “Calçada Ribeirinha”, poesia com a qual ganhou o prêmio “Wally Salomão” da academia de Letras de Jequié, Bahia. “A poesia é a faxineira que faxina a poeira do mundo, e liberta o mundo para a beleza que existe escondida debaixo dessa poeira”, afirmou Cleberton Santos.

Mini Biografia - Cleberton dos Santos nasceu em Propriá, Sergipe, e atualmente vive em Feira de Santana, Bahia, onde é professor de Literatura Brasileira e Teoria Literária na Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS. Em 2002, venceu o prêmio escritor universitário Alceu Amoroso lima, da Academia Brasileira de Letras do Rio de Janeiro. Entre os seus livros publicados estão “Lucidez Silenciosa”, 2005, “Ópera Urbana”, 2000, além de outras antologias poéticas. Em 2007, recebeu o prêmio Wally Salomão da Academia de Letras de Jequié, Bahia.

Wesley Barbosa Correia nasceu em Cruz das Almas, Bahia, é poeta, músico e escritor consagrado. Escreveu, "Pausa para um Beijo e Outros Poemas", livro de poesias inspiradas em fatos marcantes da vida do poeta.

http://radioifbasalvador.blogspot.com/2009/09/estreia-poetica-na-radio-ifba.html

sábado, 19 de setembro de 2009

VIVA A III GINCAMÁTICA!

Apenas uma gincana de matemática? Apenas uma atividade de ampliação dos conhecimentos matemáticos? Não.
A GINCAMÁTICA foi muito mais do que mera atividade de tarefas escolares. Foi uma aula de cidadania. Foi um momento único de interação lúdica e criativa entre todos os segmentos da comunidade escolar. Momento de diálogo entre a escola e seu bairro.
Todos interessados na aprendizagem dos conhecimentos matemáticos. Mas também na socialização dos estudantes. Nas atividades em grupo. Nas noções de companheirismo e respeito ao próximo. A prática viva da diversidade cultural.
Os professores empolgados com as atividades. Alguns professores engajados na condição de padrinhos das equipes. Outros envolvidos nos bastidores do evento. Outros na animação e coordenação das atividades. Todos envolvidos. Ou pelo menos, quase todos.
Som, imagens, músicas, números, cores, palavras, gestos... Um verdadeiro mosaico da cultura escolar. Tudo para participar da III GINCAMÁTICA no Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho, nos dias 18 e 19 de setembro de 2009.
É isso. Eventos como esse contribuem para a diminuição da evasão escolar, para o fortalecimento das nossas escolas públicas, para a formação de cidadãos mais atuantes e criativos, para o revigoramento do ânimo científico e cultural dos professores, para o estabelecimento de novas parcerias no ambiente escolar e, principalmente, para o aperfeiçoamento matemático dos futuros profissionais da sociedade brasileira.
Esperamos pela próxima. Desejamos que a GINCAMÁTICA tenha vida longa e saudável. Parabéns aos idealizadores e executores desse maravilhoso projeto.

Cleberton dos Santos
19 de setembro de 2009

MAIS GINCAMÁTICA







Vejam as fotos da III Gincamática, que ocorreu no dia 18 de setembro de 2009, no Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho, no bairro Cidade Nova, em Feira de Santana – BA.


Parabéns a todos da equipe do CEGLVF.


Foi um SUCESSO!





III GINCAMÁTICA 2009





















sexta-feira, 18 de setembro de 2009

VINICIUS DE MORAES

O HAVER
(Vinicius de Moraes)

Resta acima de tudo / Essa capacidade de ternura / Essa intimidade perfeita com o silêncio / Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo / Perdoai! Eles não têm culpa de ter nascido / Resta esse antigo respeito pela noite / Esse falar baixo / Essa mão que tateia antes de ter / Esse medo de ferir tocando / Essa forte mão de homem / Cheia de mansidão para com tudo que existe / Resta essa imobilidade / Essa economia de gestos / Essa inércia cada vez maior diante do infinito / Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível / Essa irredutível recusa à poesia não vivida / Resta essa comunhão com os sons / Esse sentimento da matéria em repouso / Essa angústia da simultaneidade do tempo / Essa lenta decomposição poética em busca de uma só vida, uma só morte / Um só Vinicius / Resta esse coração queimando como um círio / Numa catedral em ruínas / Essa tristeza diante do cotidiano / Ou essa súbita alegria / Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória / Resta essa vontade de chorar diante da beleza / Essa cólera cega em face da injustiça e do mal entendido / Essa imensa piedade de si mesmo / Essa imensa piedade de sua inútil poesia / E sua força inútil / Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhando de pequenos absurdos / Essa tola capacidade de rir à toa / Esse ridículo desejo de ser útil / Essa coragem de comprometer-se sem necessidade / Resta essa distração, essa disponibilidade / Essa vagueza de quem sabe que tudo já foi / Como será, como virá a ser / E ao mesmo tempo esse desejo de servir / Essa contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje / Resta essa faculdade incoercível de sonhar, de transfigurar a realidade / Dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é / Essa visão ampla dos acontecimentos / E essa impressionante e desnecessária paciência / E essa memória anterior de mundos inexistentes / E esse heroísmo extático / E essa pequenina luz indecifrável / Há que às vezes os poetas tomam de esperança / Resta essa obstinação em não fugir do labirinto / Na busca desesperada de alguma porta quem sabe inexistente / E essa coragem indizível diante do grande medo / E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva / Resta esse desejo de sentir-se igual a todos / De refletir-se olhares sem curiosidade e sem história / Resta essa pobreza intrínseca / E esse orgulho / Essa vaidade de não querer ser príncipe senão do seu reino / Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento / Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável / Resta esse eterno morrer na cruz dos seus braços / E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado / Resta esse diálogo cotidiano com a morte / Esse fascínio pelo momento a vir / Quando emocionada ela virá me abrir a porta, como uma velha amante / Sem saber que é a minha mais nova namorada.

(Disco Vinicius 90 anos. Cd 1. Som livre. Produzido por Gilda Mattoso, s/d.)

MOMENTO SUBLIME


No umbigo do mundo
a criança escondida
brinca de se esconder
do outro lado das coisas
vestindo palavras espumas.

pai e filho no jardim

meu filho, minha vida, meu porto, minha paz, meu guia, minha luz... meu joão cleber

XVII FESTA DE VAQUEIROS E FAZENDEIROS DE RIACHÃO DO JACUÍPE 2009

Domingo passado, dia 13 de setembro, presenciei o desfile público da XVII FESTA DE VAQUEIROS E FAZENDEIROS DE RIACHÃO DO JACUÍPE, na cidade de Riachão do Jacuípe.
Um belo momento da cultura sertaneja. Parabéns ao povo da região. Eis aí alguns momentos do desfile.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

I Conferência Municipal de Cultura de Feira de Santana

Participei da I Conferência Municipal de Cultura de Feira de Santana, no Maestro Miro, juntamente com outros vários artistas, produtores, gestores, pesquisadores, militantes e demais agentes da cultura municipal.

Devemos ficar de olho nos próximos passos desta conferência.

Devemos acompanhar as decisões da Secretaria Municipal de Cultura.

De olho aberto.

A cultura é nosso bem maior.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

VESTIBULAR UESC: OBRAS LITERÁRIAS

UESC divulga obras Literárias

O Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), divulgou a relação de obras literárias recomendadas para serem aplicadas no concurso Vestibular no triênio 2010 -2012. São elas: DIAS, Gonçalves. I Juca Pirama. Rio de Janeiro, Ed. Martin Claret, 2002. ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. Rio de Janeiro, Ed. Martin Claret, 2006. BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaias Caminha. São Paulo, Ática, 1998. ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo. São Paulo, Ed. Vila Rica, 1995. MATTOS, Cyro de. (Org). O conto em 25 baianos. Ilhéus, Editus, 2000. ROSA, Guimarães. Primeiras histórias. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2005. SANT´ANNA, Sérgio. Senhorita Simpson. São Paulo, Cia das Letras, 1989.Entre as obras elencadas acima, duas são de Domínio Público: "I Juca Pirama" de Gonçalves Dias, e "Papéis Avulsos" de Machado de Assis. Elas podem ser baixadas e impressas livremente. Clique aqui e veja sugestões de portais para realização de download das obras.

http://www.uesc.br/noticias/?acao=exibir&cod_noticia=1699

VESTIBULAR UESC: OBRAS LITERÁRIAS

UESC divulga obras Literárias

O Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), divulgou a relação de obras literárias recomendadas para serem aplicadas no concurso Vestibular no triênio 2010 -2012. São elas: DIAS, Gonçalves. I Juca Pirama. Rio de Janeiro, Ed. Martin Claret, 2002. ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. Rio de Janeiro, Ed. Martin Claret, 2006. BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaias Caminha. São Paulo, Ática, 1998. ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo. São Paulo, Ed. Vila Rica, 1995. MATTOS, Cyro de. (Org). O conto em 25 baianos. Ilhéus, Editus, 2000. ROSA, Guimarães. Primeiras histórias. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2005. SANT´ANNA, Sérgio. Senhorita Simpson. São Paulo, Cia das Letras, 1989.Entre as obras elencadas acima, duas são de Domínio Público: "I Juca Pirama" de Gonçalves Dias, e "Papéis Avulsos" de Machado de Assis. Elas podem ser baixadas e impressas livremente. Clique aqui e veja sugestões de portais para realização de download das obras.

http://www.uesc.br/noticias/?acao=exibir&cod_noticia=1699

terça-feira, 1 de setembro de 2009

MUSEU DA LINGUA PORTUGUESA

nao deixem de visitar o MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA, em são paulo... quem não poder visitar sampa agora mesmo, é só acessar o site do museu... nossa língua viva, nossa língua mãe, nossa língua poesia...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ARQUIVO DE CLEBERTON SANTOS

ARQUIVO - PRODUÇÃO LITERÁRIA
CLEBERTON SANTOS
31-08-2009

Festivais e Eventos de Poesia

Concurso de Poesia Falada de Propriá (SE) 1997, 1998, 1999, 2000.
2º Festival de Poesia Falada de Japaratuba (SE) 1998.
Concurso Penedense de Poesia Falada (AL) 1998.
Caruru dos 7 poetas (Salvador, BA) 2004.
Projeto Malungos (Salvador, BA) 2004.
Projeto Poesia na Boca da Noite (Salvador, BA) 2005.
Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro da Bahia (Salvador, BA) 2005.
Café Literário, do III Congresso de Educação de Vitória da Conquista (BA) 2005.
Caruru dos 7 Poetas (Cachoeira, BA) 2005.
Projeto Imagem do Verso (Salvador, BA) 2005.
Caruru dos 7 Poetas (Cachoeira, BA) 2006.
Café Literário, do IV Congresso de Educação de Vitória da Conquista (BA) 2006.
Projeto Papo Lírico (Jequié, BA) 2006.
Projeto Uma Prosa sobre Versos (Maracás, BA, 2008)
Projeto Literatura Comentada, Jequié, 2008.
III Feira do Livro de Sergipe (Aracaju, SE, 2008)
Projeto Travessia Poética (Feira de Santana, BA, 2008)
Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas, FLIPORTO, Pernambuco, 2008.
Conversa com o escritor, I Colóquio em Estudos Literários e Linguísticos - Imaginário, Memórias e (Re)leituras, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT), 2009.
9ª Bienal do Livro da Bahia, 2009.


Livros de Poesia

Ópera Urbana. Feira de Santana: Museu de Arte Contemporânea, 2000.
Ópera Urbana. 2ª impressão. Feira de Santana: Museu de Arte Contemporânea, 2005.
Lucidez Silenciosa. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2005.

Antologias

Analecto: antologia literária. Aracaju: Luz, 1997.
Aperitivo poético. Aracaju: Fundação Cultural Cidade de Aracaju; FUNCAJU, 2000.
Prêmio Literário TAP Redescobrindo o Brasil aos 500 anos. Rio de Janeiro: Record; TAP Air Portugal, 2000.
Antologia poética. São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba, 2002.
Antologia do 15º Concurso Nacional de Poesia “Helena Kolody”. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura: 2006.
Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade: coletânea de poesias. Brasília: Serviço Social do Comércio, 2008.
Painel Brasileiro de Novos Talentos – nº 20, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro.

Dicionários

COUTNHO, Afrânio. Enciclopédia de Literatura Brasileira. vol. II. São Paulo: Global Editora, 2001.
Dicionário de autores baianos. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Governo do Estado da Bahia, 2006.


Revistas

iararana: revista de arte, crítica e literatura. Salvador, ano IV, nº 9, agosto, 2004.
Cadernos de Educação. Feira de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, ano 4, nº 5, jul.2001/jun.2002.
LITERATURA nº 31
Revista Poesia Sempre, Nº 27, Ano 14. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007. p. 151-153, ISSN 0104-0626

Jornais

Tribuna do São Francisco (Propriá)
O Capital (Aracaju)
Tribuna Feirense, Tribuna Cultural (Feira de Santana)
A Tarde, A Tarde Cultural (Salvador)
SOPA, Poesia e Afins (Salvador)
Panorama da palavra (Rio de Janeiro)
O Boêmio (São Paulo)
INTERVALO (Rio de Janeiro)
Correio da Bahia (Salvador)
Tribuna da Bahia (Salvador)
Correio do Sul (Minas Gerais)
Poesia Viva (Rio de Janeiro: Editora UAPÊ)
Correio das Artes (Suplemento mensal do jornal A União, João Pessoa, Paraíba, 2007)

Exposições

Exposição Três Olhares Poéticos, Hall da Biblioteca Central Julieta Carteado, UEFS, 2003. Parceria com Joabson Lima e Mêncio Gonçalves.
Exposição Poética Irmã Poesia (Homenagem ao poeta Godofredo Filho), Hall da Biblioteca Central Julieta Carteado, UEFS, 2004. Parceria com Adriano Eysen.
Exposição Arte e Poesia, Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana.

Participação em outros livros

SANTOS, Cleberton. Comentarista do poeta João de Moraes Filho. In: MELO, José Inácio Vieira de (org.). Concerto lírico a quinze vozes. Salvador: Aboio Livre Edições, 2004.
REGO, Adriano Eysen. Imagens de sertão na poética de Castro Alves.2 ed. revista e ampliada. Vitória da Conquista: UESB, 2005. (Revisor de linguagem)
SANTOS, Cleberton. Breve pausa para um poema (Prefácio). In: CORREIA, Wesley Barbosa. Pausa para um beijo e outros poemas. Cruz das Almas, BA: Gráfica e Editora Nova Civilização Ltda, 2006.
SANTOS, Cleberton. Poética do gingado (Poemas). In: FERREIRA, Gabriel. Esboços – Ilustrações de textos. Feira de Santana: Edições MAC, 2006.
SANTOS, Cleberton dos. Cicatrizes poéticas. In: EYSEN, Adriano. Cicatriz do Silêncio. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2007.

Sites

http://jivmcavaleirodefogo.blogspot.com/2008/09/cleberton-santos-calada-ribeirinha.html
http://www.cronopios.com.br/site/noticias.asp?id=3084
http://www.galinhapulando.com/blog.php
http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=7390&Itemid=0
http://niltomaciel.blog.uol.com.br/arch2006-09-03_2006-09-09.html
http://www.revistapoetizando.blogspot.com/
http://www.camarabrasileira.hpg.ig.com.br/a20.htm
http://pedraretorcida.blogspot.com/
http://www.campus22.uneb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=50:03062009&catid=36:programacao&Itemid=67
http://www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=547
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2006/02/16/jorcab20060216007.html
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=97450&cat=Poesias&vinda=S
http://www.uape.com.br/poesiaviva_online/poesiaonline35.htm
http://www.bienaldolivrobahia.com.br/noticiaform.aspx?pP=125&pO=17&pM=2
http://www.panoramadapalavra.com.br/index53.html
http://www.carlosribeiroescritor.com.br/recomenda_oquenaopodeser.htm
http://www.overmundo.com.br/agenda/iii-feira-do-livro-de-sergipe
http://www.eduardo.borsato.nom.br/andre_seffrin.htm
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pquantos/nomesak.htm
http://www.jornaldepoesia.jor.br/clebertonsantos.html


Prêmios

2º Lugar no Concurso de Poesia Falada de Propriá, Sergipe, 1998.
Prêmio Literário TAP – Redescobrindo o Brasil aos 500 anos, Brasil, Portugal, 2000.
Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima, Academia Brasileira de Letras / CIEE, Rio de Janeiro, 2002.
Projeto de Arte e Cultura Banco Capital, ano IV, na categoria Literatura (poesia), Salvador, 2005.
MENÇÃO HONROSA no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody, Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, 2005.
Prêmio Waly Salomão, IV Concurso Nacional de Literatura Brasileira, Academia de Letras de Jequié, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2007.


Jurado de Concursos Literários
Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009
Projeto Arte e Cultura Banco Capital 2006

domingo, 30 de agosto de 2009

ACADEMIA DE LETRAS DE JEQUIÉ

CALÇADA RIBEIRINHA

Queria sentar nesta calçada antiga
repousar meus gritos e teoremas
jogar castanhas no buraco d’água.

Queria sentar nesta calçada antiga
sem a pressa dos vendavais urbanos
contar estrelas em esteiras amarelas.

Queria sentar nesta calçada antiga
sem a poesia que me atormenta
sentir a lua fria sobre as pernas.

Queria sentar nesta calçada antiga
e ver surgir do batente liso
a velha sombra da manhã vivida.


RIOS, Dermival (org.). O valor da razão. Jequié: Academia de Letras de Jequié, 2008. p. 143

NELSON RODRIGUES EM FEIRA DE SANTANA


ALEILTON FONSECA EM SÃO PAULO


ALEILTON FONSECA NO TEATRO


GOULART GOMES, POETA BAIANO

Confiram DEZ poemas novantigos de GOULART GOMESVejam em: http://www.goulartgomes.com: BatismoO Poeta ImaginárioInexpressoTeiasA Alma da CidadeRuas VaziasAmar SelhesaEnsaio 22GôstoMergulho --------------------------------------

GOULART GOMES: 25 ANOS DE LITERATURA! http://www.goulartgomes.com

GRUPO PÓRTICO 1995-2009 http://grupoportico.blogspot.com

2009: 10 ANOS DO POETRIX! http://www.movimentopoetrix.com

sábado, 29 de agosto de 2009

LANÇAMENTOS EM FEIRA DE SANTANA 2009

EM BREVE... LANÇAMENTO DO NOVO ROMANCE DE ALEILTON FONSECA “O PÊNDULO DE EUCLIDES” (EDITORA BERTRAND BRASIL). EM OUTUBRO...

EM BREVE... LANÇAMENTO DA AGENDA DA EDITORA ESCRITURAS... COM POEMAS DE VÁRIOS AUTORES BAIANOS... FEIRENSES... UM BOM PRESENTE! EM NOVEMBRO...

LANÇAMENTO DE ALEILTON FONSECA

EM BREVE... LANÇAMENTO DO NOVO ROMANCE DE ALEILTON FONSECA “O PÊNDULO DE EUCLIDES” (EDITORA BERTRAND BRASIL). EM OUTUBRO...

GINCAMÁTICA

O Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho, na Cidade Nova, promove um importante evento de matemática: III GINCAMÁTICA.


São atitudes como estas que realmente fazem a diferença na Educação Brasileira.

Parabéns aos professores e à comunidade escolar!

Mais informações, acesse:
http://gincamatica.blogspot.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

NOVO LIVRO DE ALEILTON FONSECA

Euclides e Canudos por Aleilton Fonseca

O baiano Aleilton Fonseca, de 50 anos, já havia transformado um grande nome das letras brasileiras em personagem de romance com "Nhô Guimarães", em 2006.

Depois de Guimarães Rosa, chegou a vez de Euclides da Cunha, homenageado com "O pêndulo de Euclides" (Bertrand Brasil) em seu centenário de morte.

Ao construir um romance em torno de um escritor e uma obra ("Os Sertões) tão monumentais, o professor de literatura na Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, e autor de mais de dez livros, sabe que corre riscos, como contou nesta entrevista ao blog. Porém, lembra que "o discurso romanesco registra certos fatos reais, mas os submete ao interesse da ficção". Aleilton estará participando nesta segunda-feira, às 19h30m, do projeto Prosa nas Livrarias na Travessa do Shopping Leblon, onde conversará com o público sobre sua obra, ao lado do professor Leopoldo M. Bernucci e da pesquisadora Nísia Trindade Lima.

Você já tem um outro romance-homenagem, “Nhô Guimarães”, inspirado em Guimarães Rosa. Fale um pouco sobre a primeira experiência e sobre a opção por esse tipo de narrativa.

Em 1979, aos 19 anos, cursando Letras na UFBA, em Salvador, conheci, li e comentei alguns contos de Guimarães Rosa e me impressionei muito com as histórias. Por ser de origem rural, eu me identificava com a linguagem, os enredos, as situações, as personagens e o imaginário presentes em suas narrativas. Mais tarde, como professor, passei a ser leitor e divulgador de sua ficção junto aos meus alunos. Como escritor, no ano 2000 tive a ideia de escrever uma história em que uma personagem sertaneja, de 80 anos, narrasse as viagens de Guimarães pelos sertões dos Gerais. Eu sabia que o escritor, nascido na pequena e encantadora cidade mineira de Cordisburgo, ainda muito jovem fora para a capital fazer seus estudos. Ao retornar ao interior, como médico, passou a se interessar pela cultura local: a linguagem, as histórias e diversos aspectos do imaginário popular sertanejo. Recolhia tudo e anotava em seus cadernos de campo. Conhecia pessoas que transformava em personagens de seus contos, como Manuelzão, por exemplo. Resolvi escrever uma ficção sobre isso. Assim surgiu o conto "Nhô Guimarães", publicado em 2001, no livro "O desterro dos mortos (Ed. Relume Dumará). Em seguida, expandi a narrativa e a transformei em romance, alargando os horizontes do discurso da narradora. O romance saiu em 2006, pela Ed. Bertrand Brasil. Nele, a narradora sertaneja fala de sua vida, de seu falecido marido, de seu filho, que se foi embora para a cidade grande. E ela fala, sobretudo, das visitas de Rosa à sua casa, quando proseava com o seu marido Manu, ouvindo, contando e inventando histórias. O romance foi adaptado como peça teatral e acaba de estrear no Teatro do Sesi Rio Vermelho, em Salvador, com direção de Edinilson Motta Pará e interpretação de Deusi Magalhães. E Guimarães Rosa fica muito bem como personagem de ficção. Foi uma experiência gratificante e, ao que parece, satisfatória. Optei por esse tipo de narrativa porque ela permite um instigante diálogo textual, em que realidade e imaginação amalgamam-se, dando origem a uma narrativa híbrida. É um desafio difícil e tentador. Como criar uma voz própria a partir de personagens e obras (“Os Sertões”, no caso de “O pêndulo de Euclides”) tão conhecidos e celebrados? Qual o caminho para escapar da mera repetição de ideias e histórias que estão no original? Neste tipo de narrativa, o risco da imitação é insidioso, como uma ameaça sempre presente. Resta ler o livro e verificar se o autor conseguiu se sair bem do desafio. O caminho para escapar da mera repetição é utilizar as referências como um ponto de partida e adensar o própria criação, dando bastante fôlego à parte ficcional. No caso de Guimarães, alguns de seus traços biográficos são diluídos e reelaborados na lógica da ficção, uma vez que ele passa a ser uma personagem construída segundo a perspectiva da narradora. Já Euclides da Cunha é uma referência constante do debate central do enredo, quando suas ideias são discutidas pelas personagens letradas e pelo narrador sertanejo. Os narradores transformam-no em personagem de ficção, revelando atos e pensamentos que não estão registrados na história oficial. Assim, a ficção assume uma função suplementar, ao criar situações que extrapolam os registros oficiais e explicitam facetas apenas presumíveis dos escritores em questão. Para escrever “O pêndulo de Euclides” você disse ter visitado alguns dos lugares pelos quais o escritor passou. Essa “pesquisa de campo” ajuda a fundamentar a obra ou corre-se o risco de tanta realidade embaçar a criatividade, o espaço reservado aos voos da imaginação? O risco existe, mas deve ser contornado. A solução é estabelecer os limites dos fatos reais e expandir os voos da imaginação. Os dados oficiais constituem marcos de verossimilhança, ajudando a fundamentar a obra. Mas não devem limitá-la, pois seu compromisso não é documental, mas estético. A partir dos dados reais, a ficção deve se desenrolar de forma autônoma, extrapolando as informações já conhecidas, de forma a instigar o leitor e desafiar as versões oficiais. Para concluir o romance "Nhô Guimarães", visitei a cidade de Cordisburgo; fui à casa de Guimarães Rosa. Para concluir "O pêndulo de Euclides", fui a Canudos e visitei detidamente o local onde se travou a guerra, hoje um Parque Estadual aberto à visitação pública. Vi e fotografei alguns lugares, vi objetos da guerra de Canudos e destaquei vários fatos da história. Mas só entraram na trama aqueles dados que convergem para a lógica do enredo, diluindo-se como parte integrante do discurso ficcional. No romance, Euclides torna-se personagem de ficção e age como tal, para além dos seus registros biográficos. Assim, o discurso romanesco registra certos fatos reais, mas os submete ao interesse da ficção, que discute, extrapola e até refuta determinados aspectos das versões oficiais. Nesse caso, a ficção está acima dos fatos. O romance se apresenta como uma nova reflexão sobre a Guerra de Canudos. Como entra a figura de Euclides nesse contexto? De fato, o romance retoma algumas questões da guerra que ainda não estão resolvidas. Tal como nas fontes oficiais, Euclides aparece inicialmente como um intelectual integrado à cultura litorânea, a favor da República e defensor da ação militar contra Canudos. Antes de ir para a região do conflito, ele escrevera dois artigos intitulados "A nossa Vendeia", nos quais deixa clara a sua posição, exaltando a marcha do Exército contra o Arraial do Belo Monte, ou Canudos, reduto dos adeptos de Antônio Conselheiro. No entanto, ao chegar ao local da guerra e presenciar os terríveis combates, nos quais as forças republicanas, treinadas e bem armadas, atacam e dizimam uma população de camponeses sertanejos, ele começa a duvidar de suas convicções, passando a ver a guerra como um crime contra um povo destemido que lutava por terra, fé e honra. O romance procura revelar ficcionalmente aquilo que é presumido mas não registrado na história, ou seja, as reflexões que levam Euclides da Cunha a reavaliar o conflito e, assim, mudar de opinião sobre a guerra. Essa mudança resulta de sua experiência e de sua compreensão profunda dos fatos. Assim, a ficção procura, à sua maneira, preencher os vazios da história, dramatizando o processo de tomada de consciência do autor, que resolve escrever o livro "Os sertões" como denúncia do crime cometido contra o povo sertanejo. Você já tem em mente algum outro romance-homenagem? Qual seria o escritor que você gostaria de transformar em livro, independentemente de datas? Tenho diversos projetos de livros, entre contos e romances, que vou desenvolvendo aos poucos. Alguns são pura ficção, outros pretendem retomar fatos reais como ambiência para enredos de ficção. Gosto desse tipo de escrita. Isso faz meu estilo. Um dos meus projetos é escrever sobre o poeta francês Charles Baudelaire, que teve uma trajetória pessoal e artística muito intensa e intrigante. A vida dele dá um romance. Enfim, na justa medida, realidade e ficção podem compor uma boa história. O mais importante é que o livro tenha qualidade como narrativa, com equilíbrio entre os dados da realidade e os aportes da imaginação. Narrar é preciso. E o leitor é o juiz.

domingo, 16 de agosto de 2009

JOAO CLEBER


Criança feita de luz e paixão
que anunciará para o mundo
a verdade sem fim do amor incondicional...


Trecho de poema inédito.

NELSON RODRIGUES NO CUCA

A Companhia teatral Girassol leva aos palcos o espetáculo“Valsa n°6” do consagrado dramaturgo Nelson Rodrigues.A montagem dirigida e adaptada por Gugu dos Anjos, traz no elenco: Edilma dos Anjos, Elaine Mattos e keu Kosta.A composição do personagem e dos elementos introduzidos em cena é resultado de inúmeras experimentações e pesquisas sobre o universo Rodriguino.O espetáculo promete surpreender o publico com a complexidade da dramaturgia rodriguiana.

Local: CUCA
Dias:4 e 5 de setembro.
Horas: 19:30
Ingresso: 6 REAIS INTEIRA/ 3 REAIS MEIA.

NOVO LIVRO DE JOAO DE MORAES FILHO

Estimados amigos e amigas,
em maio foi lançado meu segundo livro: Em nome dos raios.

Resolvi disponibilizá-lo para leitura através do blog

www.emnomedosraios.blogspot.com

Apareçam

Felicidades,
João de Moraes Filho

CLEBERTON & CLEBER


Criança feita de poesia e mistério
que cantará para o mundo
cânticos de alegria e louvação...
Trecho de poema inédito.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CLARICE LISPECTOR

AOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA! AOS LEITORES DE ONTEM, HOJE E SEMPRE!

FELICIDADE CLANDESTINA

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. e completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Pequei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardava o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PRÊMIO DE LITERATURA DA CIDADE DE SÃO PAULO

PRÊMIO DE LITERATURA DA CIDADE DE SÃO PAULO


SÃO PAULO – O escritor cearense Ronaldo Correia de Brito conquistou nanoite desta segunda-feira (03) o Prêmio São Paulo de Literatura,concedido pelo governo paulista. Ele ganhou R$ 200 mil por "Galiléia",considerado o melhor livro do ano.DivulgaçãoRonaldo Correia de BritoO prêmio de melhor autor estreante foi para o gaúcho Altair Martins,pelo livro "A Parede no Escuro". Ele também levou R$ 200 mil. Essa foia segunda edição do Prêmio São Paulo de Literatura, entregue durantecerimônia no Museu da Língua Portuguesa. No ano passado, os ganhadoresforam "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza (livro do ano) e "A Chaveda Casa", de Tatiana Salem Levy (autor estreante).Os R$ 200 mil são a maior premiação da literatura brasileira."Galiléia" e "A Parede no Escuro" foram os vencedores entre mais de200 inscritos. Entre os vinte finalistas (dez em cada categoria)estavam autores destacados, como José Saramago ("A Viagem doElefante"), Moacyr Scliar ("Manual da Paixão Solitária"), MiltonHatoum ("Órfãos do Eldorado") e João Gilberto Noll ("Acenos eAfagos")."Galiléia" é o quarto livro e primeiro romance de Correia de Brito –os três trabalhos anteriores eram volumes de contos. A obra conta ahistória de três primos que atravessam o sertão cearense para visitaro avô e voltam às origens, reencontrando os casos que assombram afamília. Já "A Parede no Escuro", de Altair Martins, acompanha osacontecimentos provocados pela morte de duas pessoas num acidente detrânsito.Leia mais sobre: Prêmio São PauloFonte:
www.ig.com.br
04/08/2009

domingo, 9 de agosto de 2009

HOMENAGEM A EURICO ALVES

O POETA FEIRENSE EURICO ALVES (1909-1974) SERÁ HOMENAGEADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, NO DIA 13 DE AGOSTO, 19:30 HS.

sábado, 8 de agosto de 2009

CURSO CASTRO ALVES

CURSO CASTRO ALVES 2009 - IV COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
Academia de Letras da Bahia/ PPGLDC-UEFS


Prezados(as) colegas e colaboradores:

Este ano, o Curso Castro Alves 2009 e o IV Colóquio de Literatura Baiana acontecem nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2009, na Academia de Letras da Bahia.
Além das mesas principais (aguardem o programa) às 17h, teremos sessões de comunicações nos dias 16, 17 e 18, das 14h30 às 16h40.
São apenas 30 vagas para comunicações sobre autores, obras, temas e questões de literatura baiana.
As inscrições para apresentação de trabalho vão até o dia 28/08, mas só enquanto houver vaga.
Para ouvintes em geral, a inscrição é grátis, até o início do curso. São apenas 120 vagas no total. As inscrições só serão aceitas enquanto houver vaga.

Para participar, por favor, solicite/preencha a ficha de inscrição e envie para o e-mail aleilton@oi.com.br .

Para apresentar trabalho, o interessado poderá efetuar o pagamento da taxa de inscrição conforme instruções que receberá anexas à carta de aceite.
Serão conferidos certificados de 12 horas aos participantes (com valor de atividade complementar para graduandos).

Pedimos, por obséquio, divulgar esta circular a alunos, colegas e outros eventuais interessados.
Atenciosamente:
Aleilton Fonseca - Coordenador

FICHA DE INSCRIÇÃOIdentificação:Nome completo: _____________________________________________________Profissão: __________________________________________________________
Instiutuição: _________________________________________________________
Endereço: Rua/Av.: ____________________________________________nº ______Complemento: ____________________ Cidade:_________________ Estado _______Cep:______________________ Tel: __________________
e-mail:_____________________Forma e taxa de Inscrição:( ) OUVINTES (Estudante, graduados, etc) - inscrição grátis
( ) Estudante/graduaçãoc/Apres. de Comunicação (IC ou pesquisa, com orientador) - valor R$ 20,00( ) Profissional/pós-graduando/outro (c/ Apres. de Comunicação) - valor R$ 50,00Titulo da Comunicação:_____________________________________________________
Resumo de 5 linhas:
Data: ___/___ /2009.
OBS: Após o envio, aguardar o e-mail de ACEITE, para consolidar a inscrição

PLÁGIO NAS UNIVERSIDADES?

Por que o plágio está assombrando as universidades brasileiras?
Incompetência?
Preguiça?
Cumplicidade?
Facilidades?
Descaso?

Plagiar ou não plagiar?

POETA EURICO ALVES BOAVENTURA

CANÇÃO PARA A MINHA REDE NO NORDESTE


Tem carícias de mulher a minha rede embalando...

Ram-rem... Devagar, canta a minha rede, neste calor de dezembro... Ram-rem...

O sol amarfanha lubricamente as estradas desertas,
debuxando arabescos de cobre e ouro nas sombras dos juazeiros.
É como exótico bailado de mulheres desnudas
a poeira que o cambaleante tropel dos cabritos arranca.

Bole um vento preguiçoso...
Na copa verde de uma fronde imóvel,
o sol bebe em austos violentos todo o silêncio do varjado.
A caatinga lânguida adormece... Rumor de mandíbulas triturando...
Enquanto lá fora a volúpia da luz entontece e amolenta,
na varanda, sinto, no calor, a lembrança dos teus braços
e queima nos meus lábios a quentura doida da tua boca ausente.

Canta a rede. Na redondeza, rola um ram-rem de armadores cansados.

No sopro que vem dos varjados em torpor,
chegam-me afagos dos teus cabelos nesta volúpia morna,
sinto o calor adolescente do teu corpo sumarento,
do teu corpo que tem o travor de um fruto verde no verão.

Embalança a rede devagar... Ram-rem... Devagar...

Tem carícias de mulher a minha rede embalando...

1933

BOAVENTURA, Eurico Alves. Poesias. Salvador: Fundação das Artes, EGBA, 1990. p. 133

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VIVA A TRIBUNA CULTURAL!

Boa notícia: o caderno TRIBUNA CULTURAL, do jornal TRIBUNA FEIRENSE está de volta. Circulando agora na última quinta do mês. Procurem em todas as bancas da cidade, nas bibliotecas e na casa do vizinho. Não deixem de ler! É nossa ARTE, é nossa VIDA!

RETORNO

Fiquei alguns meses sem atualizar meu blog. A vida tem suas múltiplas urgências. Mas estou de volta. Alguns perguntavam, outros reclamavam minha ausência. Estou aqui. Continuarei levando informações, notícias e textos que interessam todos os seres pensantes. Até mais e obrigado pela leitura.

Aquele fraternal abraço a todos e todas,

CURRICULUM LATTES DO PROF. CLEBERTON DOS SANTOS

terça-feira, 4 de agosto de 2009

CLEBERTON & CLEBER

Pai e filho no aniversário de 1 mês. 09-07-2009

LIVRO DA PROF. DR. DENISE DIAS

CONVITE



A Prof. Dr. Denise Dias, do Departamento de Letras e Artes da UEFS, fará o lançamento do seu livro Os Segredos da Arte: Um olhar etnolinguístico sobre os carpinteiros navais do Baixo Sul da Bahia dentro da programação da II Feira do Livro de Feira de Santana, na Praça da Matriz, sábado (08/08/2009) às 17:00 horas.





domingo, 1 de fevereiro de 2009

SITE DE UMA PESQUISADORA BRASILEIRA

Para quem pesquisa a literatura brasileira vale a pena conferir o site pessoal da professora e pesquisadora Dr. Maria Eugênia Boaventura.

http://www.unicamp.br/~boaventu/

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

CIDADE DA CULTURA OU CULTURA DO COMÉRCIO?

CIDADE DA CULTURA OU CULTURA DO COMÉRCIO?

Por Cleberton Santos

Qual a relação entre a “verdade da arte” e a “verdade da realidade”? Nenhuma. Infelizmente, na cidade de Feira de Santana ainda existem muitas pessoas (inclusive muitos artistas!) que ainda não compreendem essa noção básica de estética.

O Projeto Travessia Poética, uma idealização e realização dos poetas e professores Adriano Eysen (UNEB) e Cleberton Santos (UEFS), apresentou sua 2ª Edição na Cidade da Cultura, no dia 19 de dezembro de 2008 (sexta-feira), colocando o público feirense em contato direto com a poesia e o pensamento do poeta, jornalista, folclorista, ensaísta e cordelista Franklin Maxado, grande nome da Literatura Nacional.

Mas, meus caros leitores, a baixa formação estética de nossa sociedade é motivo de várias distorções no comportamento das platéias brasileiras. As pessoas continuam confundindo o mundo da ficção poética com o mundo dos fatos reais, e assim tomam como elogio ou ofensa as palavras pronunciadas pela boca dos artistas que estão no palco.

Mas não quero falar aqui de teorias literárias e muito menos de teorias estéticas, pois para isso existem as disciplinas escolares de todos os níveis.

Quero denunciar a CENSURA sofrida pelo Projeto Travessia Poética no espaço que seria o templo do artista, a casa da poesia, o aconchego das artes, refiro-me ao bar CIDADE DA CULTURA, administrado pelo senhor Asa Filho.

Interessado muito mais em agradar alguns clientes mal preparados para ambientes culturais, o senhor Asa Filho interrompeu/censurou a apresentação dos poetas Adriano Eysen, Cleberton Santos e Franklin Maxado, alegando que os textos/poemas e as idéias que estes artistas expressavam incomodavam algumas pessoas da platéia, ou seja, aqueles que são os potenciais consumidores ou como dizem os empresários “aqueles que realmente dão lucro”.

Pois bem, meus caros leitores, diante da censura, os poetas reagiram com indignação e protestos, encerrando o evento com muita tristeza e insatisfação pelo tratamento recebido naquele espaço pelo senhor Asa Filho.

Talvez, o erro tenha sido dos idealizadores do Projeto Travessia Poética por acreditarem na possibilidade de levar boa poesia e cultura de alto nível para ambientes que apenas desejam o lucro fácil e a arte feita por “bobos da corte”.

Bem, nosso Projeto Travessia Poética está de férias, mas em 2009 voltaremos com força total e a sempre renovada fé de que em algum lugar do planeta ainda existem pessoas sensíveis que merecem desfrutar do salutar convívio com os grandes nomes da Literatura Nacional.

Por fim, ecoa fortemente a clássica pergunta: Feira de Santana algum dia será a Cidade da Cultura ou está mal destinada a cultivar a Cultura do Comércio pelo Comércio! Que os Deuses nos ajudem!

Cleberton Santos
Poeta, crítico literário, ensaísta, professor da UEFS e um dos coordenadores do Projeto Travessia Poética.
Feira de Santana, 21 de dezembro de 2008.

Cidade da Cultura: tempos de insensibilidade

Cidade da Cultura: tempos de insensibilidade

Adriano Eysen*

Em tempos de insensibilidade, de incentivo ao crescimento do mercado e do consumo, nos perguntamos em que instante cabe lançarmos mãos das nossas armaduras e dos nossos falsos moralismos com intuito de compartilharmos a música, a poesia, o teatro e as artes plásticas. O que falta, a um número significante de pessoas, é perceber que se instaurou epidemicamente uma cegueira humana capaz de colocar o homem em estado de contínua violência, pois se vive na era da indelicadeza, em que os interesses econômicos, as bolsas de valores, a disputa pelo poder e o individualismo nos furtam o buquê da sensibilidade.

Indico aos mais curiosos a leitura do romance Ensaio sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago, ou o filme de título homônimo, recém lançado, aos que não se predispõem a ler as delicadas páginas de um livro. Afinal, tenta-se agradar a gregos e troianos!! Lição que acabo de aprender com a retórica e performance do senhor Asa Filho durante o projeto Travessia Poética, coordenado por mim e pelo poeta e professor Cleberton Santos, num espaço que até pouco tempo atrás parecia transbordar arte, bom gosto estético, irreverência, no qual nos era ofertado o direito de exercitar a lucidez, a reflexão, o senso crítico e, sobretudo, de compartilhar a diversidade cultural de Feira de Santana e cidades circunvizinhas. Mas, como nos entregar ao regozijo, por exemplo, da boa música e da poesia se ainda há pessoas dotadas de profunda insensatez e insensibilidade? Como levar arte para um espaço cultural no qual se exercita a prática da censura? Leiamos, sim, Saramago; recitemos Gregório de Matos (o “Boca do Inferno”), Marquês de Sade, Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Patativa do Assaré. Evoquemos os poetas de todo o mundo, porque a boa literatura é capaz de nos elucidar os graus de violência que se estabelecem no cotidiano humano.

É preciso repensar os valores arcaicos e tantas vezes medíocres que assolam as mentalidades de alguns artistas numa terra que deve ter a hombridade de trazer em sua história nomes a exemplo dos poetas Aloísio Resende, Eurico Alves, Godofredo Filho, Antônio Brasileiro, Roberval Pereyr e Washington Queiroz; do ilustre educador Edivaldo Boaventura, do artista plástico e escritor Juracy Dórea e do relevante cordelista, bacharel em Direito, jornalista e pesquisador Franklin de Cerqueira Machado, último convidado do nosso projeto e indelicadamente censurado.

Não façamos o que propôs o pensamento estético de Platão (século IV a.C.), na sua obra clássica a República, quando dela expulsou os poetas (artistas) capazes de seduzir a humanidade e não de reproduzir falsos valores éticos e morais, conforme nos expõe a história oficial da civilitas morum, prática pedagógica intensificada no século XVI. Nos elevemos e façamos das artes um caminho de transformação, de sensibilização crítica, de criatividade individual e coletiva capazes de (re)criar o mundo e nos apresentar novos sentidos.

Desse modo, por que há uma delicadeza energúmena de se curvar ao mercado e aos “bons costumes” que regem as velhas oligarquias dos currais de Feira de Santana? A palavra cultura, que vem do termo latino colere (cultivar), durante longos séculos, perpassando pelos gregos, romanos e adentrando na modernidade, serviu às classes dominantes como forma de controlar e manter sobre sua tutela uma população coagida, cujo direito de informação foi-lhe roubada.
“Sejamos urgentemente delicados”, dizia Vinicius de Morais. O poeta que, ao cultivar a delicadeza e a poeticidade com seus leitores, amigos e mulheres, já nos alertava para os tempos de insensibilidade. Estamos fartos de tamanha violência que aparece de todos os lados. Ela está nos programas de televisão, nos bairros, em nossas casas, nas escolas, nas filas dos bancos e supermercados, nos espaços culturais, nos locais de trabalho, enfim, o tempo todo avançam sobre nossas jugulares. E essa cena fatigante consome, tormenta e adoece psíquica e somaticamente o ser humano.

O que nos resta? Aonde ir à noite em Feira de Santana afim de ouvir poetas, músicos, de conversar com os amigos, de expor nossos sonhos e idéias, de cultivar a sensibilidade e a nobreza d’alma? Na distinta Cidade da Cultura? Lá, também já não se pode contemplar a arte, senti-la em alto nível, enamorar-se por uma formosa mulher ouvindo em bom tom a composição de uma letra, de alguns versos ou de um belo arranjo musical. Afinal, nos tolheram o direito de ouvir, de ver sob a maestria do silêncio o que para muitos não tem sentido nenhum.

É tempo de indelicadeza, de cegueira, de anomalia! Só lamentamos que estas enfermidades chegaram às pressas num espaço em que acreditávamos ser o turíbulo das artes capaz de incensar nossos espíritos com intuito de elevá-los à vida. Em que lugar iremos nos refestelar na velha e nova Princesa do Sertão? Ainda bem que há artistas que guardam em suas algibeiras a autenticidade da sua criação e a esperança de uma civilização iluminada.

*Adriano Eysen é poeta, crítico literário e professor da UNEB.