sábado, 8 de outubro de 2011

NOSSO NOBEL

QUANDO TEREMOS O NOSSO PRÊMIO NOBEL DA LITERATURA? ESSE MERECE!


Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, quarto filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos. Depois, estuda com professoras contratadas pela família e em um colégio particular, do qual acaba fugindo. Em 1941, matriculou-se no Colégio São Luís de Gonzaga, naquela cidade. Aprovado em segundo lugar no exame de admissão do Ateneu Teixeira Mendes, em 1942, não chega a concluir o ano letivo nesse colégio. Ingressa na Escola Técnia de São Luís, em 1943. Apaixonado por uma vizinha, Terezinha, deixa os amigos e passa a se dedicar à leitura de livros retirados da Biblioteca Municipal e a escrever poemas. Na redação sobre o Dia do Trabalho, onde ironizava o fato de não se trabalhar nesse dia, em 1945, obtém nota 95 e recebe elogios pelo seu texto. Só não obteve a nota máxima em virtude dos erros gramaticais cometidos. Face ao ocorrido, dedica-se ao estudo das normas da língua. Essa redação foi inspiradora do soneto "O trabalho", primeiro poema publicado por Gullar no jornal "O Combate", de São Luís, três anos depois. Torna-se locutor da Rádio Timbira e colaborador do "Diário de São Luís", em 1948. Editado com recursos próprios e o apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias, publica seu primeiro livro de poesia, "Um pouco acima do chão". Em 1950, após haver presenciado o assassinato de um operário pela polícia, durante um comício de Adhemar de Barros na Praça João Lisboa, em São Luís, nega-se a ler, em seu programa de rádio, uma nota que aponta os "baderneiros" e "comunistas" como responsáveis pelo ocorrido. Perde o emprego, mas é convidado para participar da campanha política no interior do Maranhão. Vence o concurso promovido pelo "Jornal de Letras" com o poema "O galo". A comissão julgadora era formada por Manuel Bandeira, Odylo Costa Filho e Willy Lewin. Começa a escrever poemas que, mais tarde, integrariam seu livro "A luta corporal". uda-se para o Rio de Janeiro (RJ), em 1951. Passa a trabalhar na redação da "Revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comércio", para onde foi indicado por João Condé. Torna-se amigo do crítico de arte Mário Pedrosa. A publicação de seu conto "Osiris come flores" na "Revista Japa" rende-lhe mais um emprego: o de revisor da revista "O Cruzeiro", por indicação de Herberto Sales, que se encantou com o conto publicado. Vai até a cidade de Correias (RJ) onde, por três meses, trata-se de uma tuberculose. Oswald de Andrade, que havia lido "A luta corporal", texto inédito e recém-concluído de Gullar, no dia de seu aniversário, em 1953, presenteia-o com dois volumes teatrais de sua autoria: "A morta", "O Rei da Vela", e "O homem a cavalo". Em 1954, casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teve três filhos: Paulo, Luciana e Marcos. Lança "A luta corporal", que causou desentendimentos com os tipógrafos em função do projeto gráfico apresentado. Após sua leitura, Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari manifestam-lhe, por carta, o desejo de conhecê-lo. No fim desse ano, passa a trabalhar como revisor na revista "Manchete". Seu encontro com Augusto de Campos se dá às vésperas do carnaval de 1955, resultando inúmeras discussões sobre a literatura. Trabalha como revisor no "Diário Carioca" e, posteriormente, engaja-se no projeto "Suplemento dominical" do "Jornal do Brasil". A convite do trio de escritores paulistas acima citados, participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1956. Em janeiro do ano seguinte, o MAM carioca recebe a citada exposição. Gullar discorda da publicação do artigo "Da psicologia da composição à matemática da composição", escrito pelo grupo concretista de São Paulo. Redige resposta intitulada "Poesia concreta: experiência fenomenológica". Os dois textos são publicados lado a lado na mesma edição do "Suplemento Dominical". Com seu artigo, Gullar marca sua ruptura com o movimento. Em 1958, lança o livro "Poemas. No ano seguinte, escreve o "Manifesto Neo-concreto", publicado no "Suplemento Dominical" e que foi também assinado por, entre outros, Lygia Pape, Franz Waissman, Lygia Clark, Amilcar de Castro e Reynaldo Jardim. Ali também foi publicado "Teoria do não-objeto. Criou o "livro-poema" e o "Poema enterrado", que consistia de uma sala subterrânea, dentro da qual havia um cubo de madeira de cor vermelha, dentro desse um outro, verde, de menor diâmetro, e, finalmente, um último cubo de cor branca que, ao ser erguido, permitia a leitura da palavra "Rejuvenesça". Construído na casa do pai do artista plástico Hélio Oiticica, a "instalação" não pode ser vista pelo público: uma inundação, provocada por fortes chuvas, alagou a sala e destruiu os cubos. É nomeado, em 1961, com a posse de Jânio Quadros, diretor da Fundação Cultural de Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte Popular e inicia sua construção. Revê sua postura poética, até então muito marcada pelo experimentalismo, e passa a não atuar nos movimentos de vanguarda. Fica no cargo até outubro/61. Emprega-se, em 1962, como copidesque na filial carioca do jornal "O Estado de São Paulo", para o qual trabalharia por 30 anos. Ao mesmo tempo, ingressa no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC). Publica "João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" e "Quem matou Aparecida". Assume, com essas publicações, uma nova atitude literária de engajamento político e social. No ano seguinte é eleito presidente do CPC. Lança o ensaio "Cultura posta em questão". Em 1964, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) é invadida e a primeira edição do citado ensaio acaba queimada. No dia 1º de abril de 1964, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro. Ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes, Thereza Aragão, Pichin Pla, entre outros, funda o "Grupo Opinião". O ensaio "Cultura posta em questão" é reeditado em 1965.


quer saber mais sobre este poeta brasileiro leia:
http://www.releituras.com/fgullar_bio.asp
 

Nenhum comentário: