quarta-feira, 31 de julho de 2013

Opiniões sobre minha poesia

Gostei dos poemas. Há um quê de melancolia nos dois. Arriscaria dizer que você é um poeta elegíaco, como o nosso Ruy Espinheira Filho. O seu verso é bem trabalhado, você escolhe bem as palavras (Mallarmé disse que poesia se faz com palavras, e não com ideias). Embora as idéias também sejam imprescindíveis... (Ricardo Vieira Lima)

Cleberton sabe que não há como suspender a marcha dos dias: “Contemplar o amanhã sem detê-lo / em sua voracidade de amanhecer”.  O novo atropela o velho e conduz à “Intransitividade do olhar”: “Em direção à praia submersa / meu olhar é de distância, concretude de ausências”. Ecos simbolistas perpassam os versos de Cleberton, atentos à beleza das aliterações e das sinestesias que remetem ao poeta Sosígenes Costa e também à poesia de Alphonsus Guimaraens e Cruz e Sousa: “Estilhaços de azul emolduram o poente. // (...) // Vestidos vermelhos amarelados, em tons furtivos de saudades, / bailam com seus fantasmas na brisa // (volúpia sonora do orgasmo marítimo)”. (Reynaldo Valinho Alvarez)

Isso que você faz é poesia mesmo. Poesia da melhor qualidade. Não precisa ser um especialista para chegar a essa conclusão. “Concerto para ninar calangos opalinos” constitui verdadeiro achado. Um primor de beleza contida. “Amor”, idem. Todos os outros, idem. Daí, a desnecessidade de mencioná-los expressamente. Sua poesia é o triunfo da subjetividade. (Francisco Carvalho)

A poesia de Lucidez Silenciosa vem impregnada de lirismo, não aquele lirismo “lugar comum” que se observa nos poetas de baixa qualidade literária, mas um lirismo natural, dos grandes poetas. Nota-se em seu conteúdo que o autor não é nenhum “poetégo”, desses que se preocupam somente com seu próprio umbigo, mas sim com quem por acaso, venha a abrir a primeira página e viajar nas suas entrelinhas. (Rogério Salgado)

Li, com gosto, seu livro de poemas Lucidez Silenciosa (eis, aqui, um belo conceito de poesia!). Em linhas gerais, creio que você demonstra, sobretudo em alguns versos, o poder da criação e a força poética das palavras. (Hildeberto Barbosa Filho)

Já Cleberton Santos, em Lucidez silenciosa (EPP Publicações e Publicidade), valoriza palavras raras, sonoras e requintadas, mais no sentido do adorno que da estrutura. “Composição para flauta” dá a medida de seu potencial lírico: “Faço versos com retalhos de vida / fios de cabelos que apascento nos dedos”.
(André Seffrin)

Nota-se em Lucidez Silenciosa estilo e técnica, com síndromes peculiares de arte e de beleza, estando – sempre a palavra certa no lugar certo, de maneira viva a espontânea. Não faço uma crítica, é evidente. Mas, com prazer, traço um breve louvor a quem o merece de fato e de direito. (Mário Cabral)

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