quarta-feira, 1 de março de 2017

Outro poema de Elizeu Moreira Paranaguá

CAVALO DE MOREIRA

Para Cleberton Santos

Cavalos blindados
heróis da Idade Média
salvação da cristandade
Florisvaldo Mattos

O cavalo de Moreira Paranaguá
não carrega espadas assassinas
não carrega esporas e ferraduras
não é a salvação da cristandade.

O cavalo de Aprígio Moreira,
meu avô árabe, galopa
como ondas de vento purificador.
Folhas de carvalho, natureza ao infinito.

O cavalo de Moreira,
pertence à grandeza do Fogo.

Cavalo de luz:
flechada de Moreira.

Cavalos selvagens soprando
o fogo da natureza.

Cavalos armados soprando
o fogo da guerra de um deus cruel.

Cavalo de luz:
flechada de Moreira.

Elizeu Moreira Paranaguá


O poeta nasceu na cidade de Castro Alves / Bahia, em 1963. Reside em Salvador desde 1981. Publicou os livros “Poema Terra Castro Alves” (1992), “O Fogo do Invisível” (2006) e “Silêncio da pedra do caos” (2012). Coordenou vários projetos literários em Salvador. Participou das antologias “Sete Cantares de Amigos” (2003) e “Concerto Lírico a Quinze Vozes” (2004).

Elizeu Moreira Paranaguá recitando no Sarau da Fazenda Pedra Só 2016
Fotógrafo: Ricardo Prado

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