CALÇADA RIBEIRINHA
Queria sentar nesta calçada antiga
repousar meus gritos e teoremas
jogar castanhas no buraco d’água.
Queria sentar nesta calçada antiga
sem a pressa dos vendavais urbanos
contar estrelas em esteiras amarelas.
Queria sentar nesta calçada antiga
sem a poesia que me atormenta
sentir a lua fria sobre as pernas.
Queria sentar nesta calçada antiga
e ver surgir do batente liso
a velha sombra da manhã vivida.
RIOS, Dermival (org.). O valor da razão. Jequié: Academia de Letras de Jequié, 2008. p. 143
Um comentário:
Estive por aqui em visita ao seu blog!! Abraços!!
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