PLANO DE FUGA
Sou eu quem desfaz tua tenda
(tua morada de frêmitos)
Sou eu quem guarda os pergaminhos
de tua água de cheiro;
de teu caminho de mesa e memória.
É nesta copa de chuva e lírica
que tu me ofereces o vinho
e o broto das renúncias;
a música e a lástima
em osso.
Nela
mato minha fome de trapo;
minha deusa e sua eclusa de iguarias.
Sou eu quem demarca tua rota de
Antuérpia
(teu repertório de inauditas
sinfonias)
In: A metáfora do adeus
(Folheando, 2020)
Nathan Sousa (Teresina, 1973) é ficcionista, poeta, letrista e dramaturgo. Tecnólogo em Marketing e professor. É autor de vários livros, dentre eles, Um esboço de nudez (2014), Mosteiros (2015), Nenhum aceno será esquecido (2015), Semântica das aves (2017), O tecido das águas (2019) e Anfíbia (2019), além da peça teatral O que te escrevo é puro corpo inteiro. Venceu por 05 vezes os prêmios da União Brasileira de Escritores. Foi finalista do prêmio Jabuti 2015 e do I Prémio Internacional de Poesia António Salvado. Trabalha com escrita criativa. É colunista do blog da revista Revestrés. Tem poemas traduzidos para o inglês, francês, espanhol e italiano. Recebeu a Medalhada da Ordem do Mérito Renascença.
http://www.revistarevestres.com.br/blog/nathansousa/
https://www.editorapenalux.com.br/autor/Mzc=/Nathan_Sousa
http://www.mallarmargens.com/2014/11/06-poemas-de-nathan-sousa.html
http://www.editorafolheando.com.br/
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