quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

SANTO SOUZA: POETA SERGIPANO



BALISA

 

Cravar a estrela no chão

e dizer à noite: agora,

afaste-se a escuridão

que eu vou chegando com a aurora.

 

E fazer brotar da terra

- da terra que tudo faz –

não a treva e o ódio da guerra,

mas a luz e o amor da paz.

 

Que eu vim traçar nos caminhos

(invés de dor e agonia)

a rota livre dos homens

com as tintas claras do dia.

 


SANTO SOUZA (1919-2014) nasceu e viveu em Sergipe. Seu primeiro livro de poesias publicado foi CIDADE SUBTERRÂNEA (1953), seguiram-se CADERNO DE ELEGIAS (1954), RELÍQUIAS (1955) e ODE ÓRFICA (1956), cuja primeira edição, foi publicada, como os livros anteriores, por José Augusto Garcez em seu Movimento Cultural de Sergipe. Continuando sua trajetória de poeta, publica PÁSSARO DE PEDRA E SONO (1964), CONCERTO E ARQUITETURA (1974), PENTÁCULO DO MEDO (1980), A ODE E O MEDO (reedição da ODE e do PENTÁCULO com um canto introdutório em 1988), ÂNCORAS DE ARGO (1994), A CONSTRUÇÃO DO ESPANTO (1998). O crítico de literatura Jackson da Silva Lima encontra afinidades do poeta com outros da categoria de Valéry, Rilke, Fernando Pessoa e Eliot, mergulhando fundo na simbologia, esoterismo e complexidade de PENTÁCULO DO MEDO. O poeta foi agraciado com o Grande Prêmio de Crítica 1995, concedido pela associação de Críticos de Arte de São Paulo. Membro da Academia Sergipana de Letras.

 

http://www.jornaldepoesia.jor.br/santosouza.html#nota

https://infonet.com.br/blogs/deus-ensanguentado-o-novo-livro-de-santo-souza/

http://literaturasergipana.blogspot.com/2015/04/santo-souza-vida-e-obra.html

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sergipe/santos_souza.html

 

 

 

 

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