BALISA
Cravar a estrela no chão
e dizer à noite: agora,
afaste-se a escuridão
que eu vou chegando com a
aurora.
E fazer brotar da terra
- da terra que tudo faz –
não a treva e o ódio da
guerra,
mas a luz e o amor da paz.
Que eu vim traçar nos
caminhos
(invés de dor e agonia)
a rota livre dos homens
com as tintas claras do
dia.
SANTO SOUZA (1919-2014) nasceu e viveu em Sergipe. Seu primeiro livro de poesias publicado foi CIDADE SUBTERRÂNEA (1953), seguiram-se CADERNO DE ELEGIAS (1954), RELÍQUIAS (1955) e ODE ÓRFICA (1956), cuja primeira edição, foi publicada, como os livros anteriores, por José Augusto Garcez em seu Movimento Cultural de Sergipe. Continuando sua trajetória de poeta, publica PÁSSARO DE PEDRA E SONO (1964), CONCERTO E ARQUITETURA (1974), PENTÁCULO DO MEDO (1980), A ODE E O MEDO (reedição da ODE e do PENTÁCULO com um canto introdutório em 1988), ÂNCORAS DE ARGO (1994), A CONSTRUÇÃO DO ESPANTO (1998). O crítico de literatura Jackson da Silva Lima encontra afinidades do poeta com outros da categoria de Valéry, Rilke, Fernando Pessoa e Eliot, mergulhando fundo na simbologia, esoterismo e complexidade de PENTÁCULO DO MEDO. O poeta foi agraciado com o Grande Prêmio de Crítica 1995, concedido pela associação de Críticos de Arte de São Paulo. Membro da Academia Sergipana de Letras.
http://www.jornaldepoesia.jor.br/santosouza.html#nota
https://infonet.com.br/blogs/deus-ensanguentado-o-novo-livro-de-santo-souza/
http://literaturasergipana.blogspot.com/2015/04/santo-souza-vida-e-obra.html
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sergipe/santos_souza.html
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